BAD GIRL - JOALEY

TEST

A terça já tinha começado agitada para mim, graças aos meus queridos irmãos. 

Enquanto Josh tinha um surto de nervoso com medo de como as coisas seriam na pequena viagem para Fresno com Any, Sofya tinha inseguranças sobre o passeio de sua turma, já que o garoto que até ontem de manhã estava ficando sério com ela hoje apareceria de mãos dadas com a garota que, na tarde do dia anterior, ele começou a namorar. 

Isso tudo me levou a acordar bem mais cedo que o normal e tentar resolver os conflitos internos que ambos carregavam naquele dia. Começando com meu gêmeo, com uma levantada na sua autoestima, o ajudando a escolher as roupas certas para usar e levar, além de dar uma ajeitada naquele cabelo que estava precisando urgentemente de uma hidratação. 

Também o ajudei a limpar seu carro por dentro e por fora, não que não estivesse limpo, Josh era quase metódico com limpeza e organização, mas só porque ele queria ter o controle de tudo e mostrar boa aparência e modos. Como se Any não conhecesse ele há anos!  

Ainda fui na farmácia para comprar ume estoque de camisinhas: porta-luvas, porta-malas, carteira, mala, bolsos de calça e casacos, nécessaire de banho e onde mais parecesse necessário. Quando dois adolescentes que gostam um do outro vão viajar sozinhos e ter um encontro, é bem óbvio onde as coisas vão parar e eu era muito nova para ser tia.  

Por muito pouco Josh não me fez entrar no seu carro e ir com ele até a casa de Any. Ele até tentou me convencer dizendo que me deixar em casa não atrapalharia seu caminho, mas eu afirmei que não era necessário e que eu não estaria lá, durante a viagem, para fazer a ponte entre eles dois, então que aprendessem a se virar logo. 

O disse que tinha quase certeza que o sentimento era recíproco e que ela não aceitaria a viagem se não fosse, então que era para ele ser confiante e, se algo saísse do controle, que me mandasse mensagem, assim eu estaria disposta a ajudar. 

A minha sorte é que eu tinha ido dormir muito cedo na noite anterior, porque Josh saiu de casa às 7h00 da manhã e eu já estava de pé havia 3 horas. Sofya, por outro lado, que deveria estar na escola meia-hora mais tarde, continuava extremamente insegura com toda a sua situação. 

O seu maior problema nem era o garoto, já que ela não gostava dele e apesar de terem ficado sério por um tempo e dela ter sido escorraçada da história sem ao menos ser avisada, o que a deixava triste era pela menina. Minha caçula nunca teve muitos amigos de sua idade e sua então colega de biologia era uma das poucas pessoas de sua turma que andavam com ela, desde o fim de seu namoro com Sold e que o intercambio do garoto acabou. 

Ela se sentia mais traída por ela do que por ele, porque acreditou que elas fossem amigas e a menina não pensou duas vezes antes de trocar minha irmã por um cara. E foi aí que eu tive minha segunda missão do dia, pedir para Shivani se Sofya poderia se juntar à ela, Savannah, Hina e Mélanie durante o passeio. 

Prontamente recebi uma resposta positiva e animada. Menos de quinze minutos depois o carro da australiana parou na frente de nossa casa e as meninas receberam minha irmã de maneira animada. Eu dei uns beliscões e empurrões para que Sofya recebesse o carinho de bom grado, o que pareceu funcionar.

Elas passariam a manhã visitando um museu no condado de Orange, onde Noah nasceu, e voltariam no horário de almoço, sem atrasos, segundo o professor de história. Falando em professor, eu e Bailey faríamos a segunda chamada da prova de espanhol no meio da manhã daquele mesmo dia. 

Eu cheguei na escola de carona com Noah, depois que passamos para pegar Sabina e Sina. Tudo isso não acontecia a muito tempo, seja o rodízio antigo que ficou para trás quando a alemã entrou no grupo e nós deixamos de caber em um único veículo convencional ou até mesmo a falta de meus dois irmãos, ao mesmo tempo.