WOMAN

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Foi rápido até que minhas roupas estivessem no chão e que as marcas começassem a aparecer no meu corpo, enquanto Bailey o percorria com a boca. As promessas de mordidas foram levadas a sério e nem um vidro inteiro de base seria capaz de escondê-las durante minha apresentação de horas mais tarde. 

Eu me sentia completamente domada e por incrível que pareça, essa não era uma sensação que me incomodava no momento. Eu não sei o que Bailey fazia comigo, mas de uma forma louca ele era capaz de me fazer sentir mulher. 

Adulta, crescida, dona de mim. Coisas que eu nem legalmente era, visto que a "liberdade" completa nos Estados Unidos só seria atingida aos 21. Mas em meus 18 anos, ninguém conseguiu despertar em mim o que ele me causava. 

E não me leve a mal, mas não há cena melhor do que vê-lo no meio de suas pernas. Se alguém teve essa oportunidade um dia e a dispensou, eu só podia dizer que tinha pena. 

Hoje, conhecendo-o de verdade, sabia que ele não fazia o tipo que transava com a escola inteira. Também sabia que sua primeira vez tinha acontecido no ano anterior e de lá para cá, ele não namorou ninguém. Então, o tempo todo, eu me questionava de onde ele tinha arrumado uma habilidade tão grande com a língua. 

Eu já havia saído com caras bem mais experientes que ele, que eu, talvez que nós dois juntos, que não conseguiam fazer a porra do cérebro funcionar para encontrar o clitóris. Caras que prometiam te levar a loucura, que usavam de todas as camas em que já deitaram como argumento para um sexo bom, que diziam deixar qualquer uma de perna bamba, que prometiam que você não conseguiria andar no dia seguinte. 

Tudo isso para quê? Terminar a noite fingindo um orgasmo e, mesmo que sem querer, inflando um ego que não pode ser mais inflado, se não explode. Mas as vezes o cansaço de esperar até que o cara encontre o ponto certo é tão grande, que o tesão vai embora e fingir se torna menos trabalhoso. 

Mas não com Bailey, nunca com ele. Talvez tudo fosse mesmo uma questão de encaixe. Até porque, tem doido para tudo, tem gente para gostar de tudo e qualquer coisa, inclusive para superestimar sexo ruim, que acham que é bom. 

E Noah, que apesar de ser um deus grego na cama e fora dela, que me desculpasse, porque o que eu e Bailey fazíamos, eu não havia encontrado com ninguém. Nem mesmo nos tantos anos dividindo a cama com meu melhor amigo. 

Isso me fazia pensar, porque eu sempre me disse que as transas com Noah eram tão íntimas, que não era simplesmente trepar. Passava para o clichê "fazer amor", mesmo que o amor ali envolvido, não tivesse nada a ver com as chamas da paixão, mas sim com algo cem por cento amigável. 

E mais uma vez Bailey conseguia me surpreender, com tanta intimidade e conhecimento sob meu corpo. Como era possível? Como aquilo havia se desenvolvido em tão pouco tempo? 

Por que parecia tão difícil de descrever? E por que, ao mesmo tempo, era claro e nítido que palavras vagas e frias como foder, trepar ou qualquer outro derivado, não se encaixavam ali há tanto tempo? 

Sexo não era a melhor hora para pensar em seus pais, de fato, mas enquanto Bailey me chupava e levava cada centímetro do meu corpo a loucura, uma frase que minha mãe sempre me dizia ecoou pela minha cabeça. 

Minha mãe nunca foi de cortar minhas asas, em nada. Ela fazia mais o tipo que tentava entender o porque eu agia do jeito X, Josh Y e Sofya Z, o que disso era reflexo de nossa história, experiência de vida e o que, na visão dela, era uma forma de nossos subconsciente se precipitar, se precaver, por decisões que seriam tomadas no futuro. 

E em um dia, pouco depois de ter perdido a virgindade com Noah, sentei para ter uma conversa franca com minha mãe. Carregando muita culpa dentro de mim e sem conseguir me entender, confessei para ela que às vezes tinha vontade de transar com tudo e todos. Falei aquilo como se fosse um crime, como se minha alma estivesse condenada por conta de meus desejos que não conseguia controlar. 

BAD GIRL - JOALEYOnde histórias criam vida. Descubra agora