Joalin é uma garota rebelde. Na verdade é isso que aparenta ser, ela demonstra em cada passo que dá que se restringe ao seu pequeno grupo de amigos, que não liga para rótulos, não segue padrões.
Bailey é popular e perfeitinho, é uma mistura do garo...
-Fecha meu vestido, por favor?- perguntei, me virando de costas para Bailey e jogando meu casaco de pelos em ao lado da pequena bolsa que eu usaria. A inauguração da qual participaríamos seria super formal e um vestido longo era o adequado.
A franquia May's tinha restaurantes formais, em geral frequentados por executivos ou famílias de classe média alta. Não eram os chamados e luxuosos "cinco estrelas", mas eram chiques o suficiente para que o próprio Bailey não os frequentasse diariamente, algo que poderia ser comum como filho dos donos.
Como funcionavam em sistema de franquia, isso significava que qualquer pessoa tinha a capacidade de comprar o direito de ter uma sede do restaurante e comandá-lo, dentro dos parâmetros exigidos pela empresa, mas ainda assim tendo certa liberdade administrativa e poupando os donos das responsabilidades de cada filial.
Eu não sabia ao certo quantos restaurantes eles tinham, mas sabia que não era algo tão popular e globalizado como McDonald's. Na minha própria escala mental, deveria ser algo equivalente ao Nando's ou um pouco menor. Ainda assim, eles tinham construido um grande império.
Não que dinheiro fosse um assunto importante, até porque contando com o crescente sucesso e estabilidade da LUH, eu tinha certeza que a nossa popularidade logo logo seria comparada à grandes nomes dentro do ramo de bebidas, como Jack Daniels.
A parceria entre as duas marcas com certeza agregaria muito para ambos, já que juntaria dos públicos que tendem a ser diferentes e polarizados. Eles ganhariam novos clientes em seus restaurantes, por conta das nossas bebidas e, os já frequentadores que ainda não conheciam nossos produtos agora consumiriam, com o acordo de exclusividade.
Agora voltando a falar do meu exuberante vestido da noite, eu até fiquei na dúvida sobre usar o que comprei em Nova York ou o que já tinha trago especialmente para isso, mas pela questão do clima, achei que o recém comprado combinaria muito mais com a Califórnia. Além do mais, fazia bastante frio nessa noite, em Vancouver, e meu casaco de pelos cinza combinaria perfeitamente com a produção.
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Eu tinha feito uma maquiagem com pele leve e olhos escuros, com apenas um gloss nos lábios. Cabelos soltos e levemente ondulados, divididos de uma forma que realçava o loiro claro e amarelado e deixava os fios compridos batendo no meio das minhas costas. Nos pés, o salto era em formato de sandália e ao contrário do último evento, não era tão alto ou desconfortável, poderia aguentar uma noite inteira em pé em cima deles.
Enquanto terminava de me arrumar no quarto, Sabina fazia o mesmo no banheiro. Ela tinha optado por um vestido de mangas compridas preto, com uma fenda na perna e um cinto dourado marcando bem a cintura, provavelmente passaria frio até que estivéssemos dentro do ambiente, já que a temperatura beirava os 0 graus e eu acreditava que, sem um casaco, as mangas longas não seriam suficientemente quentes, ainda mais com a perna de fora, cabelos amarrados em um rabo de cavalo e o colo exposto pelo decote em V.
