CRY

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Encarei o cara na minha frente, eu tinha perdido um tempo para me arrumar, porque por mais que fosse um Pub, não deixava de ser um encontro. Precisei tomar um energético porque estava caindo de sono e depois de cinco minutos dentro de seu carro, percebo que ele é um idiota e que aquele esforço para sair não valeria nem um pouco a pena.  

-Mas você não acha que essas tatuagens todas e essas roupas pretas te deixam com a aparência masculina?- questionou, assim que eu arregacei as mangas do meu casaco

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-Mas você não acha que essas tatuagens todas e essas roupas pretas te deixam com a aparência masculina?- questionou, assim que eu arregacei as mangas do meu casaco. 

-Eu não acho que minhas roupas ou os desenhos na minha pele me façam menos mulher- revirei os olhos. 

-Mulher que gosta de mulher!

-Cara, eu já disse que sou bi. Vai por mim, se gostando de homem já está quase impossível continuar aqui, se eu fosse lésbica você nem me conheceria. 

-Você não é daquelas feministas que vai vir com o papo de que eu sou machista e homofóbico, não é?- Alguém me segura, antes que eu dê na cara desse idiota sem escrúpulos. 

-Olha cara, quer saber, você é daquele tipo que não serve nem para transar e depois fingir que não conhece- falei, me levantando da mesa. 

-Onde você pensa que vai?- ele teve a audácia de me segurar pelo braço. Tentei me desvencilhar, mas ele apertou forte, me fazendo gemer de dor. 

Mas para a minha sorte, ou não, alguém entrou no meio de nós. Alguém, Bailey May.

-O seu encontro está te incomodando?- me perguntou, depois que afastou o cara de mim.  

-O que você está fazendo aqui?- o encarei feio.

-Só passando, por acaso! O que esse cara fez?- voltou a questionar, não caí em sua mentira, ele sabia que eu estava aqui e veio porque quis. Será que sua intenção era me espionar e saber o que eu estava fazendo? 

-Dá licença que eu e a garota vamos nos resolver- o desgraçado falou. 

-A garota? Você está saindo com um cara que te chama de "A garota"?- o filipino me encarou, cheio de ironias. 

Olhei em volta, que nenhum conhecido estivesse ali, por Deus. 

-Para de se meter mano- O cara continuou, o provocando. 

-Mano?- Bailey se virou para ele, o empurrando e tentando iniciar uma briga. 

Ele conseguiu o socar duas ou três vezes e escapou ileso de suas tentativas. Me desesperei, chamando os garçons para se colocarem no meio e não deixarem eles se matarem, mas ambos pareciam consumidos pela raiva.

-PARA- gritei, vendo o cara fugir do Pub sorrateiramente, como um covarde. Eu queria vomitar, só de olhar para a cara dele.  

-Eu só estava te defendendo, Joalin- Bailey tentou argumentar, quando viu minha expressão de poucos amigos, em sua direção.

BAD GIRL - JOALEYOnde histórias criam vida. Descubra agora