NY

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-É sério, Joalin?- ele me encarou, como se eu fosse doida.

-Sim! E nem tente me impedir, você não tem nada a ver com isso- falei, dando um passo em direção à loja. 

Bailey segurou meu braço, me impedindo de caminhar, em seguida. 

-Só acho que não deveria fazer isso em um lugar desconhecido. 

-Por que? Não quer que um cara aleatório me veja pelada?- provoquei, levantando as sobrancelhas. 

-Porque não quero que você pegue uma infecção- disse, como se fosse óbvio- Estou acostumado com a ideia de caras aleatórios te vendo pelada.

-Está me chamando de puta?- levantei as sobrancelhas.

-Estou te chamando de mulher decidida dona de sua própria vida sexual e emociona, não tente tirar ofensas da minha boca. 

-Hm- foi a único som que me permiti dizer. 

-Eu vou levar Shivani no estúdio de tatuagem em breve, porque você não marca uma sessão no mesmo lugar? 

-Eu tenho meu próprio estúdio de confiança- falei, apontando para as tatuagens na minha mão.

-Podemos ir no seu- ele da de ombros- Vamos lá, você sabe que é a escolha mais responsável a se fazer. 

-Tá bom, me convenceu- revirei os olhos- Só porque eu quero fazer companhia para Shivani e não vejo a hora de ver como vai ficar a tatuagem dela. 

-Você sabe que é exatamente igual a minha, só vai mudar os números, não é?

-Eu não sou burra, sei o que é uma localização geográfica. Pensando bem, talvez a gente possa levar Sina também, ela me falou que está pensando em fazer a sua primeira. 

-Podemos ir com quem você quiser, desde que não seja em um fundo de quintal que você encontrou na rua, em uma cidade que não conhece direito.

-Fundo de quintal na Times Square- revirei os olhos. 

-Agora que já comemos, fizemos compras e tiramos um milhão de fotos- ele parou por um segundo, olhando as horas no celular- Acho que devemos voltar para o hotel, o que acha? 

-É, pode ser- dei de ombros- Preciso me arrumar com calma. 

Andamos em silêncio até lá e quando chegamos, uma prima finlandesa me ligou e eu acabei por me arrumar enquanto conversava com ela. Ou seja, nem prestei muita atenção em Bailey. 

Lidar com a saudade da minha família, seja a parte mexicana ou a que vive na Finlândia, era algo realmente complicado para mim e independente do tempo que eu estava fora, morando em cada um dos quatro países que já vivi, eu sempre sentiria muita falta deles. 

Acho que Bailey entendia. Quer dizer, ele também tinha família na Inglaterra e nas Filipinas. 

 

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BAD GIRL - JOALEYOnde histórias criam vida. Descubra agora