BAD GIRL - JOALEY

BIG APPLE

Me espreguicei e forcei a abrir os olhos assim que o piloto avisou que tínhamos pousado em Atlanta. A escala era de meia hora e o que nos restava era esperar que os novos passageiros embarcassem logo. 

Peguei meu celular na mochila e o tirei do modo avião, eram dez da manhã pelo horário do estado da Georgia e a previsão de chegada em Nova York era para às duas da tarde, já com o fuso da cidade. 

Encarei Bailey ao meu lado, completamente apagado e sim, ele realmente dormia fazendo bico. Ri sozinha e abri a câmera do Instagram. Tirei uma foto sua e postei em um story, adicionando a localização "Atlanta, Georgia" e marquei o filipino, abrindo minhas mensagens em seguida. 

LUH Gang

10:02- Bom dia, party people

10:03- Noahot: Garota, está muito cedo. Acabei de abrir os olhos.

10:03- Achei que já estavam na aula...

10:04- Sabi: Você está bêbada? São 7 da manhã!

10:04- Eu não estou bêbada, estou em Atlanta. São 10 aqui. 

10:05- Sininho: O que? Por que você está aí? 

10:05- Eu e Bailey vamos participar de uma inauguração em NY, estou em escala agora. De lá, vou para o Canadá, então vejo vocês só na sexta.

10:05- Sabi: Para eles, né? Porque eu te encontro em Vancouver. 

10:06- Tinha esquecido disso. 

10:06- Noahot: Foi sem nem se despedir... 

10:06- Soso e Josh devem estar dormindo, mas não esqueçam de fazer companhia para a Mélanie. 

10:06- Joshua: Tu é chata para caralho, garota. Eu já sei disso. 

10:07- Soso: Avise quando chegar em NY, Lin. 

10:08- Ok, vou desligar agora. Amo vocês!  

-Bailey- balancei seus ombros, tentando acordá-lo. 

Ok, eu estava com um pouco de pena, porque provavelmente ele teria dormido pouco. Honestamente, eu também queria apenas descansar e aproveitar meu sono pelas próximas horas, mas nós tínhamos assuntos burocráticos para tratar e eu não podia ficar desenformada sobre o que nos levava até a Costa Leste, precisava saber dos mínimos detalhes. 

-Chegamos?- ele encarou em volta de nós, confuso. 

-Não, estamos em Atlanta. Você precisa me explicar como as coisas vão funcionar hoje à noite. 

-Agora? 

-É, agora!- afirmei, antes dele começar a falar sem parar sobre o dono da franquia de Nova York, como ele adorava desrespeitar as regras do contrato estabelecido pela May's e como fazia de tudo para ir contra o posicionamento da empresa, como se quisesse fazer seu nome em cima da rede de restaurantes para crescer, modificar as coisas, mostrar que é melhor e crescer de forma independente no mercado, passando por cima sem a mínima dignidade. 

Olhei pela janela do quarto, essa cidade tinha uma energia surreal. Se passava das três da tarde e meu corpo me dizia ter vivido um dia inteiro, mesmo que ainda tivesse muito para ser feito. O caminho do aeroporto até o hotel foi um pouco corrido, o que se compensava pela localidade em que estávamos hospedados, pertinho da Time Square. 

Quando minha mãe e Vanessa decidiram nos colocar em seus lugares, elas também trocaram as reservas do hotel, o que significava que nós dois estávamos em um único quarto, com uma cama de casal. Quer dizer, era bem provável que a secretária apenas tenha seguido as ordens do meu pai, já que é ele que está acostumado a lidar com essa parte burocrática com relações às viagens pela LUH.