C.18 - Encontro

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ÍSIS

Respiro fundo enquanto caminhamos pelo restaurante completamente vazio, com exceção dos funcionários e de nós, claro. Fico pensando o que esse homem está aprontando, esse meio sorriso que não sai do seu rosto só atiça mais a minha curiosidade.

-O restaurante está vazio a esse horário? - pergunto curiosa para ver se arranco alguma informação que acalme minha ansiedade.

-Ele não está funcionando hoje. Quer dizer, não deveria estar, Rodrigo tinha planos para mantê-lo fechado pela noite, por causa da degustação mais cedo, mas um pedido meu não se recusa. - disse piscando para mim.

-Então quer dizer que fez seu amigo abrir o restaurante somente para nós dois? - perguntei 

-Bingo, loira! - diz piscando para mim mais uma vez, enquanto segura o elevador para que eu entre primeiro.

-Isso não é meio fora de… limite? - pergunto e então ele sorri abafado olhando para baixo e em seguida para mim.

-Não gosto muito de limites, loira. - diz ao meu lado apertando o andar e então começamos a subir. 

-Já percebi. -  falei e ele sorriu. Então as portas do elevador se abriram e ele me ajudou a sair de forma atenciosa, enquanto eu olhava admirada para o lugar. 

Todo o espaço do luxuoso andar estava com as mesas afastadas e apenas uma mais centralizada com o caminho até ela feito por várias pétalas de rosas azuis, no mesmo tom do meu buquê, a iluminação do local também era diferente, as luzes com baixa luminância num tom bordô que davam um ar mais aconchegante e romântico e também havia uma melodia bem baixa ao fundo para completar o clima. Mas tudo combinava ainda mais lindamente com a imensa parede de vidro ao fundo, que dava vista para a cidade a noite toda iluminada, o lugar estava simplesmente lindo, eu diria que perfeito!

-Meu Deus… Alexandre… - falei ainda olhando para o lugar.

-Gostou?

-Se eu gostei? Eu nem encontro palavras pra dizer o quanto tudo está lindo. 

-Venha. - ele diz me oferecendo a mão e então me guia até a mesa, que está inteiramente decorada com a louça em tons de branco e azul e também há algumas pétalas sob a toalha da mesa. Alexandre puxa a cadeira e espera pacientemente que eu me acomode para só então sentar-se ao meu lado com um olhar brilhando na minha direção e um meio sorriso de tirar o fôlego.

-Quando me convidou para jantar, eu realmente pensei que fosse apenas um jantar… eu não estava preparada para isso tudo.

-Eu gosto de surpreender.

-E sempre consegue. - digo sorrindo

-Fazer o quê?! é um dom! 

-Um senhor convencido completo! 

-Talvez. - ele diz piscando para mim. -Tomei a liberdade de fazer o pedido, acredito que vá gostar, mas se quiser, pode ficar a vontade para olhar o cardápio e pedir o que desejar. - falou me estendendo o cardápio e o encarei.

-Vou confiar no seu pedido. - respondi 

-Que responsabilidade! - falou colocando a mão no peito e então o elevador soou as portas abrindo e de lá veio um garçom com um balde prateado cheio de gelo e uma garrafa de vinho mergulhada no centro.

-Boa noite! - falou de modo cordial e entregou a rolha para Alexandre que a circulou próximo ao nariz e balançou a cabeça positivamente. O rapaz então serviu nossas taças e posicionou o balde no centro da mesa a pedido de Alexandre. - O pedido subirá em alguns minutos. Desejam mais alguma coisa de imediato? - ele pergunta e Alexandre olha para mim enquanto pressiona minha coxa com a mão e balanço a cabeça negativamente.

ALEXANDRE FERRARI IIOnde histórias criam vida. Descubra agora