C. 46 - Caos

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ALEXANDRE

-Alexandre. – Apolo me chama enquanto observo Décio saindo no carro e levando Ísis e a irmã com a escolta.

-Sim. – respondo observando ele se por ao meu lado.

-Isso está ficando mais sério do que pensei. – ele diz

-É, eu sei, a bolsa foi um aviso bem direto. – digo passando uma mão no cabelo

-Eles encontraram Ísis como ponto fraco, mas ela também tem uma vulnerabilidade, a irmã...

-Que tem uma vulnerabilidade maio ainda, o bebê. – completo e ele assente

-Se algo acontecer com a irmã...

-Não vai! – o corto imediatamente

-É vamos cuidar bem disso, porque é muita coisa em risco. – ele fala e assinto.

Passamos mais algum tempo conversando sobre como funcionará a segurança no apartamento em que elas vão ficar e, como Apolo conhece melhor o local, deixei que ele sugerisse as posições e no final entramos em consenso sobre a vigília das duas.

Em seguida, os policiais que estavam no local informaram que os vizinhos aparentemente não ouviram e nem viram nada, exceto por uma mulher, a que mora bem ao lado delas e já havia a visto algumas vezes e, se bem me recordo, Ísis não gosta muito dela. A moça informou que viu quatro homens, todos bem encapuzados, vestidos de preto e seguindo um quinto homem que estava nesse mesmo padrão, só que andando mais a frente e que não passou muito tempo olhando, porque ficou com medo quando viu as armas, mas em seguida escutou alguns palavrões e os estrondos das coisas sendo reviradas lá dentro, mas nem para chamar a polícia essa porra não serviu!

Estava prestes a sair do local com Apolo quando notei que na casa da esquina haviam câmeras e que uma delas apontava diretamente para cá, então entrei em contato com Saulo e combinamos de nos encontrarmos em uma hora no meu escritório.

...

Tomei banho no quarto que tenho no escritório e apenas coloquei uma calça jeans escura e uma camisa preta por cima e estava me perfumando quando Saulo e Apolo chegam. Saulo com roupas casuais e notebook na mão e Apolo fardado, indicando que passou no trabalho nesse meio tempo.

-Conseguiu? – pergunto para Saulo

-Assim você me ofende! – ele diz já colocando o notebook na mesa e abrindo algumas imagens. – Peguei no intervalo de tempo que a polícia estipulou o ataque e o melhor ângulo que consegui foi esse, já na saída deles. – ele fala e mostra o exato momento em que os três últimos homens contornam o carro para entrarem pelo outro lado.

-Congela a imagem aí. – peço e ele faz – Tem como aproximar nesse ponto aqui? – pergunto e então ele faz. – Porra! – xingo vendo o que imaginava.

-Submetralhadora. – Apolo diz para mim também reconhecendo o armamento deles.

-São os mesmos do Bretonne. - digo

-Sejam quem forem, são corajosos, gostam de atacar a luz do dia. – Saulo fala

-Não é coragem, é experiência, eles atacam quando menos estamos esperando, esperam um momento de vulnerabilidade. – falo

-Exatamente, mas a pergunta é: porquê eles escolheram esse horário para atacar a casa dela? Qual o ponto vulnerável? – Apolo pergunta e ponho a cabeça para pensar.

-Ela. – digo e então Apolo passa uma mão no cabelo já preocupado – Eu estava fora da cidade, a irmã trabalhando e ela deveria estar em casa sozinha, apenas com a segurança, mas com o armamento deles, derrubariam nossos homens com facilidade.

ALEXANDRE FERRARI IIOnde histórias criam vida. Descubra agora