C. 33 - Sem parar

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ALEXANDRE 

Os últimos dias foram bem cheios, tanto profissionalmente, quanto emocionalmente. Trabalhei até tarde em quase todos eles, mas sempre dei um jeito de ver a loira em algum momento, o que era meu ápice de paz e alegria no dia e, confesso que, não sei se consigo mais fechar 24 horas sem ver aquela loira, a minha loira! Ísis me acalma com apenas um olhar, mas também me enlouquece completamente com o mesmo olhar desejoso que agora deu para despertar em público. Suas vontades, seus desejos, sua ânsia pelo beijo, pelo toque, pelo contato, sua sede por sexo se aflorou e eu, um sortudo do caralho, óbvio, faço questão de saciá-la sempre com muito gosto!

Confesso que pensei que depois de tudo o que ocorreu, Ísis fosse ficar mais apreensiva ou tensa quanto a mim e quanto a nós, até decidir ir embora, mas não, ela respirou fundo e decidiu ficar, não fugiu de mim e nem da porra da bagunça que envolve a minha vida. Ela está confiando em mim e eu zelarei por isso sempre, nem que tenha que ir ao inferno para protegê-la, mas farei e, por falar em inferno, ela mais uma vez me surpreendeu quando resolveu acreditar em mim e deixar para lá a porra das matérias filhas da puta que indicavam uma suposta reconciliação entre Renata e eu. E quanto a isso, aposto minha carteira da Ordem como foi tudo muito bem planejado pela infeliz, para fazer palco em cima do meu nome em seu benefício mais uma vez e minha vontade, na hora da raiva, era de ir até ela e dizer tudo o que merecia ouvir de uma vez por todas e encerrar com essa merda, mas, por incrível que pareça, o bom senso de Selena me salvou, me alertando de que isso era exatamente o que ela queria: atenção. Se eu fosse até ela, daria a ela o que tinha almejado quando planejou tudo isso e ignorá-la era melhor e até mais saudável, já que agora, a minha prioridade é mantê-la longe, cumprindo com minhas obrigações prometidas, e manter minha relação com minha loira preservada o máximo possível de tudo.

Durante esses dias, também pensei que fosse ter maiores dificuldade da parte de Ísis com relação à segurança e à escolta 24hrs com ela, mas, apesar do estranhamento inicial, ela se adaptou bem e não resistiu, ao contrário da irmã que negou totalmente, mas isso será resolvido aos poucos, porque só consigo relaxar e focar minha cabeça para fazer qualquer coisa no meu dia se estiver assegurado de que Ísis está protegida, pois não vou arriscar novamente, nem que eu peque pelo exagero, mas assim será. 

Também entrei em contato com Apolo durante todos esses dias, para que ele me atualizasse sobre os filhos da puta que foram pegos, mas, como já previa, depois que os infelizes foram liberados do hospital, não abriram o bico por nada nos interrogatórios. A boa notícia é que conseguiram as identidades pelo reconhecimento facial e já estão em busca das famílias e das ligações que possam ter dentro do crime.

Durante esses dias, também mandei confeccionar algo para o sobrinho de Ísis e, quem sabe, ganhar algum crédito com a irmã, o que acho difícil, já que ela não se rende fácil, mas eu também não e, com jeito e paciência, ela vai ceder àquela marra, ou melhor, birra, como Ísis bem gosta de denominar. 

E bom, o que falar desse último fim de semana? Foi simplesmente perfeito e, como eu já imaginava, toda a família se rendeu aos encantos da loira, até mesmo Aurora, que deu um trabalhinho com seu ciúmes, já estava gritando "tia Izi" para cá e para lá o tempo todo e nem vou falar da confusão que a pequena fez, porque não queria largar a Bombom na hora de ir embora. Ísis ficou rendida àqueles olhinhos claros marejados e o bico manhoso que fez e deixou que Apolo levasse a Bombom para passar a semana lá com ela, já que a loira iria trabalhar quase todos os dias dessa semana e eu também, então não teríamos como cuidar da cadelinha o tempo todo.

Depois que despachamos quase metade dos membros para ir no helicóptero, Eu, Apolo, Saulo, Rodrigo e Silas nos juntamos para organizar a volta e as escoltas quando nos dividíssemos na entrada da cidade e em seguida começamos a organizar as coisas nas malas dos carros, enquanto isso, via de longe Ísis conversando com Silvia e José.

ALEXANDRE FERRARI IIOnde histórias criam vida. Descubra agora