C.69 - BÔNUS - Amor: do tipo que destrói IV

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INÊS GARCIA

Ísis era minha última esperança, se ela não me ajudasse, ninguém mais faria e, mesmo com medo, eu fui e contei para ela, em parte, o que ela precisava saber, pois eu não aguentaria ver seu olhar de reprovação e para isso eu só precisava contar 10%...

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Ísis era minha última esperança, se ela não me ajudasse, ninguém mais faria e, mesmo com medo, eu fui e contei para ela, em parte, o que ela precisava saber, pois eu não aguentaria ver seu olhar de reprovação e para isso eu só precisava contar 10% de tudo o que eu fiz no tempo que ela ficou fora.

Ela me ajudou com o emprego e aceitou o bebê primeiro que eu até, indo comigo em todas as consultas e colocando despertador no meu celular para as vitaminas. Ela cuidou muito de mim, até nos piores sintomas da gravidez, ela estava lá.

Então ela começou a namorar, estava feliz e eu fiquei por ela também, até que um belo dia, saindo do trabalho, quase coloco a criança para fora de susto ao ver Roger me esperando na calçada. Eu tive vontade de correr, de gritar, tive medo da reação dele, mas ele se aproximou e veio com a maldita frase fatal.

-Por onde você andou, gata? - perguntou alisando meu rosto.

Bastou isso para que eu desse uma chance para conversar com ele no dia seguinte e assim ele foi me buscar no trabalho. Me levou para um bom restaurante, onde reservou uma parte somente para nós. Me deu flores, trouxe um presente para o bebê e me comprou com sua promessa de amor e de uma família, um futuro. Tinha uma voz na minha cabeça que gritava para mim que aquilo era cilada, mas eu queria tanto, tanto que fosse verdade, que a silenciei e entrei de cabeça na ilusão dele, mergulhei naquilo como se minha vida dependesse disso.

Mas claro que é da minha vida que estamos falando e estava tudo perfeitinho demais, até que ele começou a perguntar por Ísis e mais ainda pelo seu namorado. Eu sabia que havia algo estranho, até que resolvi perguntar e então ele abriu o jogo dele, falou que estava preocupado comigo lá, já que havia um Ferrari por perto e eu não entendi bem. Então ele contou a versão dele de que eles haviam matado os pais dele e muito mais pessoas, que faziam tudo por eles mesmos, passando por cima de quem fosse e que passaram por cima de muitos.

Eu, idiota, acreditei e logo fiquei com medo por mim e por Ísis, mas Roger falou que eu não deveria dizer nada para ela, porque caso ela agisse estranho ou afastasse de repente, ele poderia fazer algo. Então não falei, mas me mostrei contra o quanto pude e Roger disse que se eu o ajudasse apenas dando informações, ele conseguiria dar um jeito neles e de afastar ele Ísis e assim eu fiz. Até que um belo dia Ísis chega em casa me contando que tentaram sequestrar ela e pela descrição de tudo só poderiam ser os homens de Roger.

Saí voando de casa até chegar na casa em que ele ficava, mas eu sabia que não era a dele pela carência de objetos pessoais no local. Assim que cheguei, entrei feito uma desesperada.

-ROGER! - entrei gritando - ROGER!

-Que porra foi? Tá parindo? - pergunta impaciente, saindo do quarto.

-Tentou sequestrar ela? - pergunto de uma vez

-Senta e respira que eu te conto.

-Você prometeu que faria tudo sem machucar ela, que o alvo eram eles!~

ALEXANDRE FERRARI IIOnde histórias criam vida. Descubra agora