C.22 - Mistério

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ÍSIS

Depois de ser rendida debaixo do chuveiro e pressionada de todas as formas possíveis contra o vidro do box em posições que eu nem sabia serem possíveis, agora estou dentro de uma banheira perfumada, com a água deliciosa, encostada em um peitoral largo e quente com uma mão enorme pousada na minha barriga acariciando a extensão do meu corpo, enquanto apenas relaxamos e bebemos o vinho delicioso que ele fez questão de abrir e servir para mim na banheira. Mordomia? Temos! 

-Vai me deixar mal acostumada assim. - falei bebendo mais um gole do meu vinho e colocando a taça do lado de fora da banheira.

-Então pode ficar, prometo alimentar bem mais seus maus costumes, loira. - disse beijando a lateral do meu rosto e sorri relaxando mais contra o seu peitoral.

-Ainda não acredito que estou aqui, assim, com você de novo. - falei depois de um tempo.

-Então pode pegar em mim a vontade, sei que é difícil de acreditar, mas isso aqui é tudo real, pode tirar a prova! - falou e sorri alto 

-Convencido e safado! - respondi ainda sorrindo e o senti sorrir atrás de mim também.

-Também fico surpreso quando noto que isso finalmente é real, loira. - falou para mim e sorri boba olhando para minhas mãos na espuma.

-Pensei que nunca fosse ao menos ver você.

-Eu também, depois de todo esse tempo…

-É, foram dois anos, muita coisa aconteceu e mudou de lá para cá. - falei

-É verdade, muita coisa! - concordou em tom sério- Você também mudou está mais… - falou e parecia procurar a palavra - mais atirada, digamos assim.

-Está me chamando de atirada, Alexandre Ferrari?? - perguntei tentando me manter séria e bati na sua mão que estava alisando meu braço.

-Se bater tem que casar, já avisei! - falou sorrindo 

-Atirada?? - perguntei novamente e ele riu mais. Mereço!

-Na verdade, eu quis dizer que está com mais atitude, quando a conheci era mais inibida. - justificou - Mas atirada serve também! - completou e então bati na seu braço ao meu lado

-Para de me chamar de atirada! - falei e ele sorriu tão gostoso atrás de mim, se divertindo às minhas custas e me abraçou por trás.

-E estou errado no que falei?  - perguntou

-Ah, não… mas não pode me culpar, você é mais velho e sempre foi mais experiente e naquela época eu era bem jovem, com outra cabeça, estava com medo, ansiosa e não sabia absolutamente nada sobre você, então não poderia esperar que eu fosse tão desinibida assim. - falei

-A verdade é que eu achei você bem corajosa e nunca entendi o porquê de ter me escolhido, mas desde aquele dia não saiu mais da minha cabeça. - falou e sorri.

-Deve ter me achado bem louca não é? 

-Talvez um pouco - disse em tom de brincadeira- Só por um momento.

-Eu não sei explicar, eu só sabia que me sentia muito atraída por você e que eu estava pronta, que aquele era o momento e que você era a pessoa, mesmo que eu não te conhecesse, eu só sabia.

-Efeito do meu charme irresistível! - falou de modo convencido

-Com certeza! - respondi revirando os olhos.

-Por que acha que esperou tanto? - perguntou depois de um tempo

-Pelo sexo? 

-Sim.

ALEXANDRE FERRARI IIOnde histórias criam vida. Descubra agora