C.10 - Não fuja III

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ÍSIS

Continuação...

-Tem irmãos?-perguntei em seguida.

-Öh se tenho! - disse sorrindo, enquanto dirigia.

-Quantos?

-Três.

-Nossa!

-É, loira...

-E como eles são?

-Menos bonitos! - diz sorrindo e me dando uma piscadela.

-Você é um Senhor Convencido! - digo revirando os olhos e ele me encara no sinal parado.

-Está me chamando de feio? - pergunta em tom divertido.

-Eu não disse isso. - respondi desviando o olhar.

-Então está concordando que sou bonito?

-Também não falei isso. - digo e ele sorri mais.

-Tudo bem, loira, pode assumir. - fala e reviro os olhos novamente. - Pode falar, não é novidade.

-Não vou falar nada para massagear seu ego, Sr.Convencido! - digo e ele sorri alto, enquanto aproxima seu rosto do meu.

-Então pode massagear o que quiser em mim, loira! - diz e morde meu lábio inferior de forma rápida, me deixando atiçada e querendo por mais, enquanto ele apenas retorna a dirigir normalmente no sinal aberto com um sorriso de lado e me encarando de canto.

-Safado... - digo em tom baixo e ele sorri mais. Passamos algum tempo em silêncio, apenas com as músicas da rádio fazendo um fundo sonoro para nossas presenças no carro e percebo que ele não perguntou o caminho da minha casa, mas está indo no sentido certo, o que me faz pensar que ele pode ter uma boa memória de ontem ou saber mais do que penso.

-Droga, loira! - ele reclama do nada, enquanto dirige e quase salto do banco assustada.

-O que foi?

-Acabei esquecendo de comprar o sutiã. - falou e minha cabeça girou sem entender.

-Que sutiã?

-O que eu estava prestes a pagar, se não tivesse que sair correndo atrás de uma loira que fode o meu juízo, insistindo em fugir. - falou me encarando.

-Ah. - foi o que consegui falar. - Você ia mesmo comprar aquilo?

-O que a faz duvidar?

- Sei lá, só não levei muito a sério.

-Então leve, porque eu vou mandar comprar ele, para fazer par com a calcinha que está no meu apartamento e depois terei o prazer de vê-los no corpo da dona. - falou e engoli em seco, enquanto recebi um olhar descarado de cima abaixo no meu corpo. Esse homem me desestrutura totalmente, apenas me encarando, que droga! Ele desviou o olhar de mim e deixei minha atenção nele e me permiti explorar seu corpo forte e grande no banco do carro, já que ele fez o mesmo comigo, então também posso não é?! E que pecado que são esses braços fortes, em conjunto com essas pernas bem desenhadas na calça, que marcam os músculos perfeitamente, enquanto ele se movimenta dirigindo, junto com o peito largo, pescoço extenso e com a curva perfeita para o repouso de uma boca, aí minha calcinha! Quando estava subindo minha análise para o seu rosto lindo, sinto o carro parar, assim como os demais carros dos seguranças ao nosso redor e ele olha para mim. Nem havia percebido que estávamos tão perto da minha casa e que agora já haviamos chegado, o tempo fluiu de forma despercebida, mas agora eu o encarava com aquele olhar de homem safado e o meio sorriso nem se fala, senhor, e minha cabeça só ia para o fato de que ele ainda tinha a minha calcinha...por que?

ALEXANDRE FERRARI IIOnde histórias criam vida. Descubra agora