C.13 - Ao acaso II

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ÍSIS

Respiro fundo e fico tentando imaginar o que se passa na cabeça desse homem que esses olhos verdes brilhem tanto assim?!

-Para onde quer me levar? Tomo coragem e finalmente pergunto.

-Ah não? E vou para onde?

-Tenho um compromisso informal. Vem comigo?-pede com aquele meio sorriso...

-Que compromisso? - perguntei e ele já estava ficando de pé e fechando o botão do terno.

-Só vem, loira. - disse piscando e estendendo a mão para mim. O encarei por alguns segundos e então levantei, colocando minha mão sob a sua e colocando minha bolsa no ombro do lado oposto a ele.

-Acha que eu vou gostar de ir? - perguntei, enquanto ele me guiava para fora do local. -É, eu acho que vai sim. - falou sorrindo, mas com certa segurança. Então saímos do restaurante e ficamos aguardando o manobrista com o carro dele e do outro lado consegui ver os vários homens vestidos iguais entrando nos carros pretos, eram os seguranças dele. Automaticamente lembrei da minha vizinha ilustrando eles para mim mais cedo e sorri revirando os olhos com a lembrança. - Um beijo por seus pensamentos. - disse Alexandre me puxando de encontro com seu peitoral e sorri para ele.

-Humm, foi assim que conseguiu um primeiro beijo meu. Lembra espertinho? -perguntei sorrindo, enquanto alisava timidamente minhas mãos pelo seu peitoral coberto pelo terno.

-É verdade. - disse ele estreitando o olhar para além de mim, como se estivesse lembrando do momento, e depois retornando a me encarar, já baixando o rosto em direção à minha boca com aquele sorriso malicioso nos lábios.

-Não senhor, ainda não pode me beijar. - falei colocando o indicador na sua boca e ele sorriu mais, agarrando meu dedo com os dentes e depois o beijou pincelando a lingua no mesmo local, enquanto me olhava com aquele brilho perigoso e eu apenas observava a sua sacanagem com o meu dedo. COM O MEU DEDO. Senhor!!!

-Por que não? - perguntou depois de liberar meu dedo e demorei um segundo para retornar para mim mesma.

-Porque ainda não falei o que pensei. - respondi e ele sorriu. Então o manobrista chegou com o carro e ele, sempre cuidadoso, me guiou, abriu a porta do carro para mim e me ajudou a entrar. Alguns segundos depois ele sentou ao meu lado e o vi apenas atirar o terno para o banco de trás, ficando apenas com o colete, a gravata e a camisa social. Nossa esse homem é muito lindo, mas ele todo social é de acabar com a minha vida!

-Então, o que estava pensando, loira?-perguntou me tirando dos meus pensamentos impuros de como ele fica gostoso assim, enquanto dirigia.

-Errr... que a minha vizinha viu seus homens entregando as flores na minha porta e ela fez um mini-espetáculo por isso. - respondi

-Seus vizinhos realmente não deixam passar uma. - respondeu e confirmei com a cabeça, sorrindo levemente. - Acho que agora posso cobrar meu beijo.

-É acho que pode. - respondi, enquanto ele parava gradualmente o carro no trânsito com sinal vermelho.

-Acho que vou começar por aqui. - disse movendo seu corpo grande para mais perto de mim e sua boca começou a beijar meu ombro, enquanto sua mão se ocupou em tirar meu cabelo do caminho, para seus beijos que foram subindo até o meu pescoço e abafei um gemido quando ele encontrou aquela parte sensível que me derrete toda.

-Cuidado para não deixar outro chupão... consegui falar.

-Outro? - perguntou ele se afastando e então se atentou bem para o meu pescoço e vi um sorriso malicioso nos seus lábios quando encontrou o roxo em mim. Que homem mais sacana! Então senti quando circulou sua língua pelo local e depositou um beijo suave em seguida, subindo com sua boca para a altura do meu ouvido. -Desculpe, loira. Prometo que daqui para frente deixarei marcas em lugares onde só eu possa ver no seu corpo. - falou e senti sua mão grande apertando minha coxa. Suspirei e já fechei os olhos em antecipação, sabendo que sua boca estava vindo para onde nenhum de nós queria que ela saísse: de encontro com a minha. E mais uma vez me rendi ao seu beijo quente e dominador, que me tirava toda a noção de espaço, tempo, local ou qualquer outra coisa que não fosse ele e sua língua habilidosa dando voltas na minha boca, até que algumas buzinas soaram atrás de nós e só então percebemos que o sinal já estava aberto e ele voltou a dirigir e eu a respirar.

ALEXANDRE FERRARI IIOnde histórias criam vida. Descubra agora