C.59 - Sem respirar

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ALEXANDRE

Claro que o jantar foi aquela bagunça e agradeci mentalmente umas mil vezes a Mel pela ideia, pois eu estava precisando disso mais do que imaginava. Foi uma noite gostosa e me surpreendi bastante por Inês ter resolvido aparecer, confesso que não esperava, mas achei bom, não só por conseguir provocar a miss simpatia várias vezes, mas também por iniciar a inclusão dela com todos, isso vai ser importante daqui para frente, principalmente quando elas estiverem isoladas.

Antes de sair, Apolo pediu para falar comigo e então desci com ele e Mel até o seu carro, onde colocamos Aurora na cadeirinha e me despedi de Mel com um abraço breve, já que o ogro mal me deixou encostar na mulher e não julgo tanto agora, também não aprecio nenhum contato demorado demais na minha loira que não seja o meu.

Mel entrou no carro e então Apolo me puxou para trás do veículo.

-Fala, gostosa!

-Não começa que agora eu posso te matar sem testemunhas, inferno!

-A escolta está vendo, Polinho.

-Sou eu que pago eles!

-Mas não paga a minha! - falei e então ele olhou na direção da entrada do bloco, onde alguns dos meus homens estavam.

-Porra! - fingiu se lamentar e sorri. - Alexandre. - falou já sério.

-Pode dizer. - falei

-Recebi uma ligação antes de vir para cá e a notícia, dessa vez, é boa.

-Já estou até desacostumado com isso, mas fala de uma vez.

-A minha solicitação para trazer o caso do ataque no Bretonne para a PF foi aprovada hoje a noite. Amanhã pela manhã, todas as informações serão transferidas para a Federal e eu transferirei o caso para um dos meus núcleos de confiança, junto também com as informações que Saulo passou sobre aquela tal facção.

-Porra, isso é muito bom! - falo passando uma mão no meu cabelo.

-Se der tudo certo, como estou querendo, amanhã mesmo já saberemos de quem se trata dessa vez.

-Vamos pegar os filhos da puta! - afirmo

-Vamos pegar os desgraçados, princesa! - ele reafirma e sorrimos

-Bom, então me mantenha informado amanhã, de toda e qualquer novidade que descobrirem, quero saber de tudo, Apolo.

-Cada informação que eu receber, vou repassar para você, não se preocupe, vou acompanhar tudo de perto.

-Combinado e obrigado! - digo para o meu irmão.

-Me agradeça quando estivermos prendendo esses infelizes! - ele fala para mim e assinto

-Claro, eu te como com mais carinho nesse dia, gostosa! - falo e imediatamente desvio do soco que vinha certeiro no meu braço. - Calma que agora nem para a fisioterapia eu posso ir mais, se não a loira arranca minhas bolas!

-É, eu acho que você não passa dos 30 vivo, porra, porque se ela não te matar, eu mato!

-Mata nada! - digo esnobando e sorrindo, enquanto ele já caminha para entrar no carro.

-Não duvide tanto, princesinha! - afirma e acena se despedindo e retribuo, já voltando a entrar no bloco e subindo para o apartamento, onde não encontrei a loira, mas ouvi o barulho do chuveiro ligado e então fiquei esperando até ter a minha boa e bela vista dela, me encarando um pouco corada, com olhar azul vivo, enquanto desfazia o nó da toalha no colo dos seus seios, assim como eu havia pedido.

ALEXANDRE FERRARI IIOnde histórias criam vida. Descubra agora