C.66 - Amor: do tipo que destrói

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ALEXANDRE

Mas que porra é essa??? Encaro Apolo que está com o mesmo semblante de surpresa, raiva e frustração. Como CARALHO nós não fomos avisados disso?? Olho para Saulo e ele também parece não acreditar no que vê... PORRA!

-Acha que só você sabe bancar o esperto??? – pergunta o infeliz sorrindo

-Não ouse fazer nada! – falo tentando conter o tom

-NÃO FAZ NADA VOCÊ! NENHUM DE VOCÊS! – ele grita exaltado, apontando para nós - TODO MUNDO JOGANDO AS ARMAS NO CHÃO, AGORA! – ele grita e então olho para ele e em seguida para ela. Porra!

-Joguem! – ordeno para os seguranças e eles fazem, assim como eu e meus irmãos.

-Agora recuem! Se afastem! – diz e todos fazem isso, mas permaneço onde estou, o encarando puto - AFASTA! – grita erguendo sua arma na direção dela também e então recuo alguns passos dele. – Traz ela aqui. – fala pro seu capanga que a segura e então ele a arrasta até lá. – Oi, amor... – diz para ela enquanto alisa o cano da pistola no seu rosto.

-Vai pro inferno! – ela responde com raiva virando o rosto.

-Cuidado com as palavras, estou estressado agora...

-Inês... – ouço a voz que sai como um sussurro desacreditado e então vejo Ísis se aproximando.

-Você sabe o quanto pode ser perigoso me desafiar assim. – o infeliz completa baixando a arma do seu rosto e apontando para sua barriga.

-NÃO! – Ísis se desespera, tentando avançar na direção da irmã e então a agarro.

-Calma, não podemos alimentar o impulso dele. - falo no ouvido dela, enquanto a seguro e posso sentir o pulsar forte e acelerado do seu coração no meu braço, ela está com medo. – Roger, para com isso.

-Parar? Você tentou agir pelas minhas costas, PORRA! – se exalta pressionando mais a arma na barriga dela. – Se não tivesse tentado essa gracinha, a essa hora eu já estaria longe e ela seria deixada em um lugar qualquer ilesa... Mas agora, como decidiu tentar me passar a perna, ela vai pagar... ou melhor, o moleque vai...

-Roger, por favor não... não machuque eles. – Ísis pede e noto o esforço para manter o controle na voz.

-Por favor?? Agora estão bonzinhos?? Na hora de tentar foder comigo, vocês não pensaram duas vezes! Aliás, vocês não pensaram nem um pouco quando foderam minha vida por duas vezes e ousaram tentar a terceira agora, mas vou mostrar como as coisas funcionam comigo...

-Para! Você não quer fazer isso! – Saulo fala sem conseguir conter a indignação no tom.

-Acredite, eu quero! – o desgraçado afirma.

-Eu sinto muito... – Inês fala chorando, enquanto encara Ísis que está no limite do desespero nos meus braços. Caralho!

-É seu filho, porra! – Apolo diz com raiva

-Meu nada, eu não pedi por ele! Nunca quis ele! Então, eu estou pouco me fodendo! – desgraçado maldito! Seguro Ísis com um braço, a deixando em parte atrás de mim, pois o infeliz é capaz de tudo.

-Roger, por favor, ouça. – peço controlando totalmente o tom e conseguindo a atenção dele. – Libere ela e eu dou minha palavra que deixaremos você sair daqui com o dinheiro.

-Para você e seus malditos irmãos me cercarem na entrada da cidade de novo? Acho que não, Ferrari!

-Se você atirar nela, vai pôr tudo a perder, porque não haverá nada que me impeça de matar você! – digo firme – Mas, se baixar a arma, terá a chance de sair daqui com uma boa grana e cabe a você ser inteligente o suficiente para se esconder de mim. – completo

ALEXANDRE FERRARI IIOnde histórias criam vida. Descubra agora