C.70 - Risco iminente

8.9K 1.1K 389
                                    

ALEXANDRE

-QUE DESGRAÇA É ESSA, ALEXANDRE? PRIMEIRO AGINDO POR NOSSAS COSTAS, AGORA TENTATIVA DE ASSASSINATO... TÁ LOUCO? - Apolo grita depois de me tirar de cima do filho da puta com Saulo.

-VOCÊ FARIA DIFERENTE??? - pergunto puto

-NÃO... PORRA! - xinga ao se contradizer

-ENTÃO CALA A BOCA! - grito de volta

-CALA A BOCA UM CARALHO!

-CALEM A BOCA VOCÊS DOIS, QUE INFERNO! - Saulo se irrita também.

-CALEM A BOCA OS TRÊS! - Selena chega gritando mais alto.

-Pronto, era só o que faltava! - Saulo diz respirando fundo.

-OLHA AQUI... - Apolo começa a gritar

-Olha aqui nada, Apolo! Estamos no meio de uma situação complicada aqui, esperando a polícia, as ambulâncias e seria ótimo se você colaborasse e ficasse calmo para ajudar a resolver quando eles chegarem. - Melissa fala se aproximando dele.

-Melissa... - ele pronuncia o nome dela em tom contido, mas explodindo de raiva.

-Vem respirar pra você se acalmar! - ela fala já o arrastando.

-Inferno! - ele xinga reclamando, mas indo.

-Vai, oh gênio de cão! - Selena diz o vendo se afastar - E vocês também! - ela diz apontando para mim e para Saulo, enquanto eu apenas tento respirar fundo.

-Selena, se você tivesse juízo, nem respiraria perto de mim, quanto mais falaria comigo! - Saulo diz

-Ai, meu Deus, vocês e essa mania de controle que não podem ficar sem saber de um detalhe que o ego é ferido!

-Selena, estou pedindo para parar...

-Se não o quê em, falha genética?! - ela indaga e eles começam com uma discussão interminável cheia de ameaças.

Tiro o meu foco deles e olho para o lado, onde vejo Ísis e a irmã conversando, ambas chorando e, por mais que eu quisesse estar com ela nos meus braços agora, depois de tudo isso, achei melhor não me aproximar, deixar elas, dar privacidade, então me mantive aqui.

Olhei ao redor e é incrível como essa cena nunca para de se repetir na minha vida, vários homens contidos pela segurança, alguns gritos de dor, outros tentando resistir, enquanto todos esperam a polícia chegar, é assim desde a minha infância, mas não vou me queixar, apenas comemorar internamente por sempre estarmos preparados, sempre!

-Eu vou chutar as bolas de vocês, isso sim!

-As minhas não, me deixa fora disso! - digo para minha irmã

-Nem você vai escapar! - ela diz e então estava para respondê-la novamente quando vejo o que o filho da puta não está desacordado e muito menos morto, mas está com uma adaga no ponto de ser arremessada na direção de Ísis e da irmã. Em um movimento rápido, arranco a pistola do coldre na perna de Saulo e aponto para o infeliz.

-Que porra é essa? - é só o que Saulo consegue perguntar antes que eu efetue dois disparos certeiros no peito dele. Sim, eu o matei, mas não consegui impedir que ele arremessasse a adaga, já percebi tarde. Porra! Porra! Porra! Porra!

-Que caralho foi isso? - Apolo chega perguntando com Mel.

-O que... - Ísis começa a perguntar para mim assustada, ao ver que eu literalmente o matei, mas meu peito está apertado por ela ainda não ter notado a irmã desfalecendo a sua frente por estar com uma adaga enfiada nas costas. - Inês? - ela pergunta assustada e então ficamos todos paralisados, vendo elas se ajoelharem juntas no chão, por Ísis não conseguir segurá-la, devido ao ferimento no braço. - Inês o que... - começa a perguntar, enquanto tenta segurar ela, mas nesse momento ela ergue a mão e vê o sangue vivo manchado nela.

ALEXANDRE FERRARI IIOnde histórias criam vida. Descubra agora