C.56 - Um minuto de paz, por favor II

11.6K 1.2K 734
                                    

ÍSIS

Nesse momento, estou em pé, com Selena de um lado e Saulo do outro, olhando através do vidro fumê a prova de som o momento em que Apolo e Alexandre entram na sala em que David está sentado. Apolo conseguiu esse lugar na Central, já que informou que não poderia nos levar para dentro de nenhum dos seus núcleos e também está fazendo isso por conta própria, apenas para colher informações que ficarão registradas pelas câmeras do local, porque não pode assumir o caso, já que é de esfera Civil.

Ambos puxam uma cadeira e sentam a mesa de frente para David e então Saulo aperta no botão na parede que ativa o áudio para que possamos escutar daqui de fora.

-Olá, David Santos. – diz Apolo lendo seu nome, quando abre uma pasta, provavelmente com todas as informações dele. – Sabe o porquê está aqui?

-Não, mas espero que tenha um ótimo motivo, porque fui arrancado no meio do meu trabalho.

-Acredite, eu gostaria de arrancar de você bem mais que o seu trabalho. – Alexandre diz

-Por quê esse cara tá aqui? Até onde sei você não é policial! – fala encarando Alexandre com raiva que apenas o encara com frieza e uma ponta de sorriso, confesso que temo bem mais essa face fria dele do que a de raiva...

-Ele está aqui, porque eu autorizei que estivesse, então para de tagarelar! – Apolo diz impaciente.

-Eu falei que ele era chato pra cacete, Apolo. – Alexandre diz encarando o irmão que o encara assentindo e revirando os olhos.

-Tem alguma chance de tirar ele daqui? – David pergunta

-Sonhou alto, camisa polo! – Alexandre falou e ele bufou de raiva.

-Olha aqui, Apolo, eu sei que... – David começa a falar

-Para você é Comandante Ferrari! – Apolo falou em tom firme e David murchou na cadeira – Agora fecha a porra da boca e só abre ela para responder as perguntas que eu fizer, entendeu?! – indagou e David apenas bufou inconformado – Espero que isso seja um sim.

-Tenho outra opção? – ele pergunta

-Adivinha?! – indaga Alexandre

-Bom, vou confirmar alguns dados, me interrompa se houver algum erro. – Apolo fala – David Santos, 28 anos, fotógrafo desde os 16, estudou por blá, blá, blá, veio morar na cidade há 8 anos, trabalhou em blá, blá, blá...

-Apolo e sua enorme paciência! – falou Selena ao meu lado sorrindo do irmão que pulava as informações para não ter que ler todas.

-Atualmente trabalha com contrato fixo para a agência New Station e presta alguns serviços por fora quando necessário. Confere? – Apolo pergunta

-Tirando os “blá, blá, blás”, tudo certo. – David respondeu

-Você também fornecia clientes antigos seus para a fotógrafa Ísis Garcia, não é mesmo?!

-Sim, fornecia... Olha, se isso for sobre o que aconteceu no casamento aquele dia, eu posso me retratar, eu me arrependo muito...

-Enfia o arrependimento no rabo, porque não vai se retratar porra nenhuma! – Alexandre o cortou

-O que ele quis dizer é que não é sobre isso. – Apolo falou em seguida e nesse segundo Alexandre foi tão Apolo e Apolo tão Alexandre que pisquei algumas vezes para entender as personalidades de volta. – Conhece ela há muitos anos, não é mesmo?!

-Sim, desde que ela era uma criança, morávamos na mesma cidade.

-E tem algum interesse em prejudicá-la?

ALEXANDRE FERRARI IIOnde histórias criam vida. Descubra agora