ÍSIS
Ainda não acredito que ela fez questão de vir até aqui e ainda com a justificativa de que quer falar comigo. O que ela teria para falar? Mais mentiras? Só em olhar para o seu nariz empinado já tenho náuseas! Mas, ela parece decidida e Décio descontente, enquanto eu sigo curiosa e irritada.
-E o que você quer falar comigo? - pergunto cruzando os braços.
-É melhor que seja em particular. - ela diz erguendo uma sobrancelha e lançando um olhar para Décio.
-Não poderei permitir sua passagem, sinto muito. - se adianta Décio para ela que o encara nada feliz.
-Ouviu ele e, de toda forma, seja lá o que tiver para falar, não tenho interesse em saber. - falei para ela, já no intuito de virar e fechar a porta.
-Eu garanto que é do seu interesse. - ela falou
-A sua garantia não vale muito, já que você não é muito confiável, não é mesmo, Renata?! - indago erguendo uma sobrancelha e ela bufa levemente.
-Olha, eu vim aqui, nesse fim de mundo e não foi em vão, então, será que pode me ouvir?
-Hummm… - digo olhando para cima e pensando - Não. Não posso! - completo já fechando a porta
-Ísis, por favor, é importante! - ela pede e acho que bati com a cabeça. Essa mulher pediu "por favor"? Bem ela não está! Então abro novamente a porta e a encaro.
-Quer tanto assim falar comigo? - pergunto a avaliando.
-Quero. Será que pode pedir para ele me deixar entrar? - pergunta e Décio já balança a cabeça em negação.
-Tudo bem, mas terá regras…
-Senhorita… - Décio começa a falar em tom incrédulo com minha decisão.
-Que regras? - ela o corta e parece interessada
-Sem baixar o nível e sem gritar durante essa tal conversa. E, caso eleve sua voz uma única vez sequer, Décio tem permissão para invadir a casa e arrastar você para fora. Entendeu? - pergunto a encarando.
-Perfeitamente. - ela respondeu e então respirei fundo.
-Pode deixar passar, Décio. - falei, por fim.
-Senhorita, o senhor Alexandre não irá aprovar isso. - ele alerta e eu tenho consciência disso.
-Ele não está aqui agora e pode deixar que eu me viro com ele, Décio. - digo em tom compreensivo.
-Terei que informá-lo sobre isso. - ele diz e sei que é seu trabalho, quanto a isso, não há o que fazer.
-Tudo bem. - digo e então ele vira de lado e permite a passagem dela a contra gosto.
-Qualquer grito, eu entro, senhorita! - ele informa e parece preocupado, então assinto e deixo que a sebosa entre e em seguida fecho a porta. A guio até o sofá e ela avalia tudo, já se sentando.
-Até que não é de tão mau gosto, mas é minúsculo. Meu quarto é maior que isso aqui tudo…
-Você não veio aqui para falar da decoração e estrutura da minha casa, ou veio? - a corto
-Não...
-Ótimo, então seja lá o que queira dizer, já pode começar! - digo sentando na outra ponta do sofá e a encarando.
-Bom… - ela começa a falar se remexendo no sofá e tomando ar - Você não estava errada, Ísis… não estava errada em acreditar e dizer que não está se envolvendo com um homem comprometido, porque, afinal, Alexandre não é. - diz e desconfio de toda essa sensatez.
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ALEXANDRE FERRARI II
RomanceNOVA CONTA!⚠️ OBRA COMPLETA!📖 LIVRO II da série FERRARI💙 * O advogado trabalhista, Alexandre Ferrari, vive preso ao passado que ele se culpa pelo final que teve, assim como o término de um relacionamento desastroso que ainda causa conturbações no...