One Night - Versão Sariette [Intersexual]

Capítulo 80

N/A: Salve, salve, meu amores!

Quero agradecer do fundo do meu coração as inúmeras mensagens de carinho de vocês. E, apesar de ainda estar um pouquinho longe do meu 100%, eu vim aqui para postar, porque além de estar em um dia bom hoje, eu estava morrendo de saudades de vocês, meus amores.

Aviso importante: vou postar todos os capítulos que restam da fic, já que faltam poucos mesmo, então senta que vem mini maratona.

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O cômodo está à meia luz e pela porta entreaberta, eu a vejo só de pijama, sentada diante do piano, tocando compenetrada algo que claramente me parece música clássica. Não tenho ideia de qual é e muito menos de quem seja a música, mas posso afirmar que ela é linda e um tanto nostálgica. Só que não se trata de uma nostalgia triste, está bem longe disto. É algo até muito agradável de se ouvir e que toca ao coração.

Apoiando a lateral do rosto ao batente da porta, me permito apreciar quieta em meu cantinho ainda secreto, ao concerto particular que Sarah está me proporcionando sem sequer ainda saber.

Há coisa de alguns minutos, eu despertei no meio daquela madrugada fria e me deparei com a ausência de Sarah na cama. Chamei seu nome achando que, por ventura, ela estivesse no banheiro anexo, mas diante de sua falta de resposta concluí que lá Sarah não se encontrava. Sonolenta sai da cama e resolvi ir à procura da minha namorada.

Quando desci as escadas que trazem à sala, escuto suaves notas musicais vindas de um piano. Seguindo o som delas sou trazida aonde me encontro neste momento: na porta da sala de leitura.

Confesso que me surpreende um pouco ver como Sarah toca bem. Não imaginei que fosse tão bem assim. A sensação é de que aquilo parece a coisa mais habitual para ela de se fazer. E, decerto, seja isso mesmo, já que Sarah me revelou certa vez que toca desde criança.

Abobalhada e encantada fico admirando-a até a última nota ser tocada por ela e a música chegar ao seu final. Não conseguindo me conter, bato palmas atraindo de imediato a atenção de Sarah.

— Faz tempo que está aí? - o vinco em sua testa me passa a sensação de que Sarah não gostou muito de ter tido plateia. Ela já havia me explicado sobre isso, mas acabei ignorando tal fato assim que a vi tocando. Foi impossível virar às costas e sair dali em vez de ficar e assistir.

— Tempo suficiente pra me deliciar vendo como você toca bem. - ignorando sua cara feia, eu a elogio indo até ela. - Posso saber como se chama a música que tocava? - parando ao seu lado deposito a mão esquerda em seu ombro direito.

— Noturno Opus 9, Número 2 de Chopin. - Sarah conta, suavizando sua expressão.

Um de seus braços passa pela minha cintura, me puxando para ficar à sua frente e tendo o piano às minhas costas. Sua boca então toca minha barriga em um beijo delicado, antes dela descansar a lateral do rosto nela.