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Por ser madrugada e ter zero de engarrafamento, Camilla pisou fundo no acelerador e quando digo pisou fundo, é literalmente. Durante o trajeto poucas vezes vi minha amiga dirigir por menos de 100km/h. Ainda bem que ela é um Ás no volante, porque do contrário corríamos o sério risco de acabar batendo o carro. E devido a sua direção veloz, chegamos ao Saint Michael's Medical Center muito mais rápido do que o trajeto levaria normalmente do Brooklyn até Nova Jersey.
Para a nossa surpresa notamos do outro lado da rua onde estacionamos, um aglomerado de repórteres parados em frente à entrada principal do hospital.
- Imprensa? - Camilla me olha desconfiada enquanto tira o cinto de segurança. - Será que é por causa da sua sogra, Ju?
Dou de ombros.
- É capaz. A mulher é dona de uma das empresas mais conhecida do planeta.
- Bem lembrado!... Aff! Teremos que passar pelo meio dos repórteres. Vamos lá?
Solto um gemido em descontentamento ao lançar outro olhar na direção dos repórteres. São muitos lá na entrada principal do hospital.
- Vamos, né?! - concordo nada contente por ter que passar pelo meio daqueles abutres.
Nós saímos do carro e logo já atravessamos a rua. Enquanto caminhamos lentamente rumo ao hospital, eu ainda tento digerir a notícia sobre o falecimento de Abadia. A ficha não quer cair. Até ontem aquela senhora estava bem na medida do possível e de sua atual condição. Aí, hoje, ela já não está mais aqui. Isso é tão louco! Na verdade, a vida é louca mesma! Ou como diz o doido do Bolton: A vida é uma puta louca, que vive para nos foder a torto e a direito quando menos esperamos!
Sem sermos paradas, passamos sem grandes problemas pelos repórteres e entramos no hospital para nos depararmos com uma recepção vazia, só há um segurança próximo. A recepcionista que deveria estar ali fazendo seu trabalho, não está naquele momento.
Inferno!
Recorro ao segurança para pedir informação de onde fica a sala que Sarah me disse que estaria. O rapaz alto, corpolento e de pele branca, quase pálida, nos aponta o corredor e diz para dobrarmos à direita, seguirmos até o final do outro corredor e assim chegaremos à dita cuja sala. Agradeço e puxando Camilla pela mão como se ela fosse minha filha e eu não quisesse perdê-la de vista, para que não aprontasse nada vergonhoso, vamos na direção apontada pelo segurança.
Hospitais sempre me dão sensações incômodas. E olha que minha mãe é médica. Mas ainda assim, eu me sinto sempre sufocada e incomodada nesses lugares. Não sei se é por seus pálidos corredores brancos, ou o cheiro que aquele lugar tem, ou o que diabos seja, mas tudo ali é desagradável para mim. Daquele 'universo' médico, eu sempre prezei pela distância. Na minha adolescência para eu ir ao médico em consultas de rotinas era uma novela e hoje em dia nada mudou, continua igual. Mas pela Sarah, eu sou capaz de estar ali e aguentar aquele completo desconforto.
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One Night - Versão Sariette [Intersexual]
Fanfiction"Não havíamos marcado hora, não havíamos marcado lugar. E, na infinita possibilidade de lugares, na infinita possibilidade de tempos, nossos tempos e nossos lugares coincidiram. E deu-se o encontro." (Rubem Alves) **** De longe a vi linda e charmosa...