Momentos antes da tragédia...
O doutor me dá o aval de que eu preciso e também estou convencido da minha melhora, mal posso esperar o vento fresco e toda a amplitude da paisagem e ver quem eu tanto esperei. Ele volta para o quarto, com um sorriso e uma notícia, aparentemente e vem fazer seu comunicado.
- Bem Calvin, não há mais dúvidas sobre o seu estado e acredito que não haja uma objeção sua em relação a isso. Acho que nem preciso perguntar também porque eu sei que é tudo que você quer agora. - dado o recado do doutor, a felizarda aparece na porta e o chama para fora da sala e só me resta comemorar de que tudo acabou e deu certo. Ele retorna e ela vem junto, ele me parabeniza pela rápida recuperação e manda lembranças ao Nathan por mim.
- Diga a ele que mandei lembranças e felicidades a vocês. - ele diz com o seu jeito carismático de sempre e só tenho a agradecê-lo também, de ter feito o seu devido trabalho e não ter me feito parar num lugar pior do que em um quarto de hospital, como em um quarto de necrotério, como alguns "profissionais" por aí desejaram. Até aqui, a Mildred se tocou e se retirou por ter ouvido sobre uma união gay e ter se incomodado com um semblante de nojo, forçado ou de natureza, como se tivesse ouvido algo que realmente causasse aquilo e eu me levanto num pulo, aproveitando a minha liberdade que foi concebida pela ciência.
- Bem, você já sabe o caminho então, boa sorte. - ele me acompanha até a saída do quarto apenas e me dá dois tapas leves nas costas. Caminho por todo o percurso, sem aproveitar como se houvesse pétalas no chão em direção a saída, já que não vejo ninguém a minha espera, próximo a recepção. A outra está a beira da porta, fumando mas pelo menos não está bloqueando a passagem e deve me dar as suas felicitações que eu mereço.
- Ela está a sua espera, Calvin. Anseio mesmo pela sua melhora. - ela diz, entre um trago e outro, sem perder a sua oportunidade de me gracejar ao me ver sair.
- A minha limousine? Ah, claro amada, até te daria uma carona mas você tem que ganhar seu ganha-pão. Beijos e espero nunca mais precisar de seus serviços de atendimento tipo, no mercadinho da esquina quando você for escurraçada daqui. - saio sem dar a mínima para o que ela disse, mesmo tendo a retrucado e sentir esse ar fresco no meu rosto é indescritível e a liberdade com que tanto sonhei, finalmente, posso sentí-la... mas, procurar e achar o carro do Nathan é o mais difícil, nenhum daqueles parece o dele, apesar de haver poucos estacionados. Imaginei que ele estaria aqui à minha espera mas parece que me enganei, de novo...
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Apenas Segure A Minha Mão
RomanceCalvin Minsky é um garoto de 17 anos, promissor mas que ainda não enxerga em si potencial e está afundando em seus próprios dilemas emocionais. Sendo filho único e sem uma figura paterna presente dentro de casa, tem de conviver com sua mãe autoritár...