13.

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- Fo - Tossiu antes de cuspir sangue. - Foi o Jota. - Nem bem ele terminou de falar e eu já apertei a corrente no seu pescoço novamente, vendo ele ficar vermelho e seu rosto inchar enquanto o mesmo batia a mão no chão.

Sorri quando ele foi se acalmando até perder a vida, tinha esquecido o quão renovador é matar com as próprias mãos.

- Esqueci de te falar um pormenor. - Encarei seu corpo sem vida enquanto tirava meus pulsos de seu pescoço. - Um dos motivos por que fui preso foi manipulação de alto nível, ou seja, lembra aquilo de colar comigo? - Susurrei perto da sua orelha. - Era mentira.

- Eu falei que eu estaria aqui pra ver o seu primeiro vacilo, não falei? - Escutei a voz daquele policial miserável que vive caçando briga comigo e em seguida ele e mais dois guardas saíram me puxando. - Parece que alguém vai finalmente conhecer a sala do diretor. - Gargalhou e os outros acompanharam enquanto me puxavam corredor afora. - Vai tirar o corpo do pátio. - Ordenou pra um dos guardas que também me segurava.

Chegamos na frente da diretoria e eles me jogaram contra a parede e mandaram eu ficar com os braços atrás, assim fiz, o guarda ficou pra me olhar e o policial, pouco animado, entrou pra falar com o diretor.

Ele ficou por lá e depois de quase quinze minutos saiu. - Pode entrar, animal. - Falou antes de sorrir, exibindo seus dentes amarelados. - Tu vai ter o que merece.

- Jaé, pimposo. - Debochei e deixei um sorriso escapar ao ver o dele sumir tão rápido quando surgiu.

Diretor: Você sabe por que você tá aqui? - Perguntou depois que eu entrei e apontou pra cadeira disposta em frente à mesa secretária dele.

- Magina, pô. - Dei de ombros e me joguei na cadeira, vendo ele respirar fundo e adotar uma postura rígida antes de começar a falar uma pá de coisa, provavelmente merda, que eu não fiz questão de escutar, só me interessei pela última parte.

Diretor: Essa morte vai ser acrescentada na sua pena, ou seja, você irá a julgamento novamente e até lá você está proibido de sair da sua cela, seja pra receber visita, incluindo íntima, ou tomar banho de sol.

Porra, de tudo que ele falou o que tava doendo mais era a parte da visita íntima. Caralho, foder é o que tem me mantido são nesse inferno, é agora que eu enlouqueço de vez.

Se já não estiver louco.

- E como vou ver o meu advogado sem ter direito a visita?

Diretor: Com ou sem advogado tu já tá condenado. Você não vai precisar de um. - Concluiu.

{...}

📞

TU O QUÊ?

Mota gritou do outro lado da linha
quando eu expliquei o que rolou.

Isso mermo, pô.

Porra, é problema que nunca acaba.
Tu tá louco?

Queria que eu fizesse o quê, irmão?
Me deixasse ser morto?

Claro que não.
Tu não podia só imobilizar ele e chamar um guarda, não?

Matar pareceu bem mais divertido.

PUTA QUE PARIU!
Nóis tá com problema entalado até o cu e tu arruma mais.

Que problema?

Do armamento, tá com amnésia?
Nóis já pegou a mina dele pra dar um susto, mesmo assim ele não devolveu.
E agora?

Pô, falando no desgraçado...
Foi ele que mandou me atacar.
Agora o bagulho é pessoal mermo, faz nada não. Deixa ele achar que saiu ganhando, que o que ele mandou fazerem comigo foi cumprido. Quando menos esperar ele vai colher o que plantou, deixa só eu sair daqui.

Aí sim.
Falou com determinação e pá.
Tá com algum plano em mente?

Ahram.
O dia do julgamento é perfeito pra orquestrar a minha fuga.

Deixa comigo, pae.
Vou bolar um plano maneiro aqui com o estrategista e os policiais corruptos e te mantenho informado.

Jaé, irmão.
Os policiais vai te informar quando vai ser o dia assim que o diretor passar o caso pro tribunal.

Beleza, irmão.
Se cuida.

Fé!

📞

Sabe aquele ditado "Há males que vêm pro bem"? Então, nunca tinha feito sentido pra mim até o dia de hoje.

Pau no cu do Jota tentou me fuder e acabou fortalecendo pra caralho, já até imagino a lili catando e eu indo agradecer pessoalmente pela ajuda que ele deu.

▪︎

Cauã Mota

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Cauã Mota.| 27 anos.

Inolvidável - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora