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- Tu vai limpar isso aí do meu sofá. - Aponto pro gozo dele e ele levanta me ajudando a levantar também.
Atacante: Vou nada. - Sobe a bermuda e a cueca.
- Vai sim, eu hein.
Atacante: Ninguém vai me obrigar. - Suspendo a sobrancelha olhando pra ele e abaixo no chão pegando o babydoll pra vestir.
- Ninguém vai mesmo, tu vai fazer por livre e espontânea vontade. - Respondo fazendo menção de me vestir e ele pega a roupa da minha mão.
Atacante: Tu fica mais bonita assim, pô. - Cheira o babydoll e eu arrumo minha calcinha sentindo seu olhar queimar em mim.
Vou pra cozinha e pego um balde, coloco água e detergentes, jogo um pano dentro do balde e volto pra sala vendo ele mexendo no celular dele que ele bloqueia assim que me vê.
- Aqui. - Deixo na frente dele pegando a caneca que eu fiz a minha mistura ontem. - Quero encontrar esse sofá brilhando quando eu voltar. - Falo séria e mordo a parte interna das minhas bochechas pra segurar a risada que quer sair.
Atacante: Querer não é poder. Cê tá ligada que tá falando com vagabundo, né?
- Um vagabundo que gozou no meu sofá. - Faço a minha melhor cara de brava e vejo um sorriso surgir no canto da sua boca. - Tua mão não vai cair não, cara, limpa logo.
Saio indo pra cozinha com a caneca em mãos e coloco água nela pra amolecer antes de deixar na pia me lembrando da cara de nojo dele quando viu a mistura que eu faço desde que me entendo por gente.
Não sei em que momento da minha vida eu criei esse hábito, mas tamo aí, hoje eu não consigo comer abacate sem leite ninho. É a melhor coisa da vida.
Olho pra trás vendo ele limpando o sofá e seguro a vontade de rir. Tá icônico um cara desse tamanho se dobrando pra torcer o pano tirando o excesso de água.
- Tá ótimo já, serviçal. - Chego por trás dele gargalhando e ele me olha sério deixando o pano no balde. - Se o crime não der certo...
Atacante: Se tu terminar essa frase eu faço tu sentar em mim o dia todo. - Rapidinho eu fico calada, tenho amor à minha capacidade de andar. - Hm, bom.
- Tá com fome? - Ele assente passando a mão na barriga definida.
Atacante: Mas vou comer pela rua mermo, trampo não pode esperar mais. - Informa olhando pro relógio no pulso.
- Nem um banho rola? - Faço bico e ele abaixa ficando da minha altura antes de grudar nossos lábios em um selinho e voltar a ajeitar a postura.
Atacante: Trepa. - Abaixa um pouco abrindo os braços e eu dou risada da forma que ele falou antes de saltar nele que entrelaça minhas penas em sua cintura e caminha comigo em direção ao banheiro.
{...}
Melissa: Vou fingir que eu não fazia ideia de que isso ia acontecer. - Sorri pegando mais linguiça na travessa.
Ela e a tia não saíam de cima pra saber sobre o que rolou ontem comigo e com o Atacante, acabei contando.
Melissa é uma boca aberta do caralho, a primeira coisa que fez ao entrar na casa da tia nem foi cumprimentar ela, foi logo sair disparando que ontem eu e o Atacante sumiu.
Maria: "Não vai dar em nada", disse ela na última ficada. - Debocha me imitando e eu dou risada pegando uma fatia de pão de alho pra comer.
- E não deu mesmo, uai. - Mordo o pão. - Foi só um replayzinho.
Melissa: Confia.
Maria: Eu gostei dele. - Paro de comer encarando ela estática. - Esses dias eu tava atolada de sacola saindo da mercearia, ele me ajudou a carregar e ainda conversamos um pouco.
- Sabia que ontem eu falei que queria ser madrinha pra Melissa e pro Mota e ele perguntou se eu tava me referindo ao casamento ou à cria? - Falo mudando o rumo da conversa e faço uma careta de dor ao sentir a Melissa pisando no meu pé.
Maria: É mesmo Melissa? - Encara ela que sorri nervosa em resposta. - Quer ser mãe já?
Melissa: Não agora, quero ser mãe jovem mas não agora. - Responde eu sorrio vendo ela tossir sem jeito.
Maria: Faz tempo que eu não vejo o Mota. - Limpa o canto da boca com o guardanapo. - Chama ele pra almoçar com a gente um dia desses.
Melissa assente concordando e eu respiro aliviada pelo foco da conversa ter ido de mim, que não tenho algo de concreto, pra eles que praticamente têm algo sólido.
Maria: O Atacante pode vim também. - Engasgo franzindo as sobrancelhas e ela percebendo a confusão em meus olhos explica. - Como melhor amigo do Mota, a não ser que eu deva considerar ele outra coi...
- Não! - Corto ela rindo de nervoso. - Tá ótimo já como melhor amigo do meu cunhado.
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Inolvidável - Livro 1.
Romance+16| Inolvidável: Que não se pode olvidar; impossível de se esquecer; que fica na lembrança; inesquecível. - O que eu e você tivemos foi inolvidável, aceite. Quanto mais você negar, mais esse sentimento vai se apossar de você. "Quando um não aguenta...