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Atacante: E tu? - Olho pro lado, vendo ele me encarar e encaro ele de cima abaixo antes de respirar fundo e sair entrando no bar de novo.

Melissa: O que é isso? - Aponta pra sacola na minha mão e eu deixo no chão por baixo da minha cadeira antes de sentar vendo o Atacante voltando também.

- Meu moletom. - Respondo. - Tava bem friozinho no dia que a Nanda veio trançar meu cabelo e eu acabei emprestando pra ela usar.

Melissa: Hm. - Assente e o Mota beija a cabeça dela passando o braço em volta do seu pescoço. Muito lindinhos.

- Quero ser madrinha, hein. - Informo e ele olha pra mim sorrindo.

Mota: Do casamento ou da cria? - Melissa sorri toda boba e eu sinto meu coração se encher de felicidade por ver uma das pessoas mais importantes pra mim bem.

- Dos dois. - Sorrio e ele assente.

Termino minha bebida enquanto as meninas engatam num papo aleatório e eu volto a sair da mesa depois de perguntar onde ficava o banheiro.

Uma das meninas diz pra mim que pra achar eu só tenho que passar pelo corredor que tem mais lá na frente e curvar à esquerda que eu acho duas portas. Faço o que a menina falou e abro a porta onde consta o desenho de uma boneca de vestido, entro lá lavando as mãos e taco água novamente passando na testa pra ver se dava uma diminuída no calor que começou de repente. O clima hoje tava friozinho mas do nada parece que o inferno mudou de lugar e é aqui na terra agora.

Seco as mãos e volto a abrir a porta dando um gritinho de susto ao me deparar com o Atacante escorado na parede com os braços cruzados.

Finjo que não vi ele e quando faço menção de passar direto sua mão envolve minha cintura e me puxa pra trás fazendo minha cabeça bater em seu peito.

Atacante: O gato comeu tua língua? - Sinto o ar quente que sai de sua boca bater do ladinho da minha orelha, me trazendo um arrepio.

Respiro fundo e uso toda minha força pra conseguir me soltar, e afastar, do seu toque antes tentar sair dali e ser puxada novamente.

- Sai de cima, cara. - Soco a mão dele que envolve minha cintura e ele me faz virar, fazendo eu ficar de frente pra ele.

Atacante: Ela fala... - Debocha sem me soltar.

- Só com quem merece. - Sorrio mais debochada ainda e novamente tento me soltar em vão.

Atacante: Quietinha. - Seus dedos apertam minha cintura e eu seguro a vontade de suspirar com a sensação de borboletas no estômago que isso me causou. - Tá negando voz por que mermo? - Cruzo os braços ignorando ele e mordo meu próprio lábio inferior quando uma de suas mãos deixa minha cintura e sobe pro meu pescoço. - Tô falando contigo, porra. - Susurra apertando e inclinando minha cabeça pra trás pra que eu olhe pra ele.

- Tu já é bem grandinho pra ter que ficar te lembrando das merdas que tu mesmo faz ou fala. - Respondo com seu olhar pairando sobre minha boca e sua mão ainda apertando meu pescoço sem impor muita força.

Atacante: Tá se referindo a quê? - Franze as sobrancelhas. - Tô mec.

- A cara, não fode. - Reviro os olhos. - Se tu tá mec eu tô mais ainda, agora me deixa. - Empurro ele escapando por alguns segundos mas logo sinto sua mão grande envolvendo meu pulso. - Ai que ódio de você!

Atacante: Te perguntei uma parada. - Me puxa de volta me colocando entre ele e a parede. - Responde direito essa porra que eu não sou adivinho nesse caralho.

- E se eu não quiser responder tu vai fazer o quê? - Mesmo de salto fico na ponta do pé e chego em sua orelha sentindo seu cheiro e vejo ele passar a língua nos lábios olhando pros meus peitos antes de apoiar as mãos na parede pra me ouvir com atenção. - Apontar uma arma na minha cabeça de novo? - Ele passa o dedo indicador no canto da boca, me encarando e eu finalizo. - Jogar na minha cara que fui só uma foda?

Atacante: Então é isso... - Assente. - Sobre o bagulho da princesa e o sapo eu reconheço que errei mermo em falar daquela maneira, mas pô, tu tava me tirando do sério. - Explica olhando no meu olho. - E da arma eu já falei uma vez e volto a repetir... - Engole saliva fazendo o pomo-de-adão subir e descer. - Foi por um bem maior, só pra tirar aquele miserável da reta e sair nós dois vivo. Eu não ia te matar e tu tá ligada disso, quer ter raiva de mim e não tá tendo motivo, mas é isso aí. - Encaro sua boca rosinha. - Foi mal.

Inolvidável - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora