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Eu mereço essa meta gente, meu niver hoje e eu aqui escrevendo.

Atacante.

Olho pra pretinha mais linda que já vi na vida sambando ao som de um pagode junto da Mel, e da mina que o Hadad trouxe, e dou um gole na minha bebida vendo a mulher que criou ela vindo na minha direção.

Maria: Fala pra ela. - Diz puxando uma cadeira pra sentar do meu lado e eu olho pra ela com a sobrancelha franzida.

- Falar pra ela o quê?

Maria: O que você tá sentindo aqui. - Leva a mão fina de unha feita pro lado esquerdo do meu peito. - Eu consigo ver pelo seu olhar o que tu sente. - Meu coração bate sobre seu toque.

- Ela tá ligada já. - Engulo saliva olhando pra minha minion de rabo de olho.

Maria: Obrigada. - Sorri retirando a mão do meu peito e acaricia as costas da minha mão com lágrimas nos olhos.

- Tá me agradecendo por que mermo? - Pergunto secando a lágrima que desce por seu rosto.

Maria: Por fazer minha menina feliz, ela já passou por tanta coisa. - Respira fundo secando o rosto. - Ela é uma menina de ouro, cuida pra sempre. - Fala com a voz embargada. - Tu não imagina o quão reconfortante pra uma mãe é sentir que se partir a qualquer momento a filha não vai tá desamparada nunca.

- Tu tem a minha palavra de sujeito homem mermo, se um dia for preciso dar a minha vida por ela eu dou. - Falo sério.

Maria: Eu sei que tu dá, posso ver no seu olhar. - Sorri soltando a minha mão depois de acariciar e levanta indo dançar com elas.

- Mãe é bagulho doido, né não? - Cutuco o Mota que assente concordando.

Bil: O papo foi reto, mané.

Tempo vai conversa vem e quando dá meia noite eu me sinto na obrigação de levantar pra roubar minha minion por um tempinho pra mostrar meu presente pra ela.

Kaira: Onde a gente tá indo? - Pergunta recebendo o capacete que eu entrego pra ela e coloca na cabeça subindo na garupa.

- Já já tu vai saber. - Ergo o tripé da moto e desço a ladeira acelerando rumo ao asfalto, o lugar é pertinho daqui, coisa de dez minutos de distância. -Chegamo. - Paro a moto do lado da calçada.

Kaira: O que tu tá aprontando? - Tira o capacete me permitindo ver seu rosto exalando curiosidade e hesitação. - O que viemos fazer aqui?

- É teu, pô. - Desço da moto caçando uma chave no meu bolso e assim que acho pego na sua mão pequena deixando sobre a mesma.

Kaira: Amor eu não tô entendendo... - Franze as sobrancelhas olhando pra chave.

- Teu escritório, pô. - Aponto pro espaço que eu comprei pra fazer o escritório dela. - Tu não tinha dito que não dava jeito pra tu ficar indo pra cima e pra baixo encontrar cliente? - Ela me encara boquiaberta. - Arrumei uma solução, pô.

Kaira: Zaion... - Ela fala com a voz embargada e segundos depois seus olhinhos castanhos brilham com a chegada de lágrimas. - Cara tu não fez isso. - Agacha no chão com a mão na boca.

- Eu fiz, minha minion, e não é metade do que você merece. - Agacho na frente dela puxando ela pra levantar e beijo sua cabeça sentindo seu rosto molhar minha camiseta por conta das lágrimas.

Kaira: Eu não acredito que tu fez isso, amor. - Funga me abraçando. - Como que agradece por uma coisa dessas, Meu Deus...

- Não precisa disso, minha baixinha. - Seco suas lágrimas. - Vai querer entrar pra ver não? - Ela assente sorrindo. - Bora então, pô. - Entrelaço nossos dedos e ela abre com ajuda da chave adentrando no espaço depois de subir o pequeno lance de escadas.

Kaira: Cara, até decorado ele já tá. - Sorri toda boba olhando tudo com brilho no olhar.

Por ser só começo de carreira eu não peguei algo muito grande, tem só três cômodos sem contar com o hall de entrada, a sala dela, um banheiro e uma cozinha.

- Pai faz tudo como se deve, respeita o trem.

Kaira: Essa decoração tá muito boa pra ser sido escolha sua. - Nega com a cabeça olhando cada mínimo detalhe.

- Melzinha me passou o insta de uma designer que tu segue e curte, ela merma montou o projeto daqui. - Beijo o pescoço dela que arrepia.

Kaira: Foi rapidão né? - Senta na cadeira giratória dela passando a mão na madeira da mesa secretária. - Tudo mó rápido e ainda assim tá impecável.

- Na real eu peguei o lugar já pronto, só precisou retocar a pintura, checar a canalização e mobiliar.

Kaira: Cara isso é surreal. - Levanta ficando na ponta do pé e eu aperto o rosto dela até formar um biquinho beijando em seguida.

-
A mãe dezoitou!!!!

Inolvidável - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora