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Atacante.

Saio da boca cansado pra caralho com o fichário que contém informações sobre o coronel em mãos e monto na minha moto acelerando até a minha goma, estaciono ela no quintal e entro em casa dando um beijo na Orquídea antes de subir pro meu quarto.

Sento na cama abrindo o fichário e de cara já vejo que o irmão do Bil é delegado, vou ter que matar o porco no sigilo porque não posso tá acarretando muito inimigo de uma vez e me expor pra caralho.

Fecho o fichário indo tomar um banho rapidão e depois de vestir uma calça moletom eu só quero duas coisas pra me acalmar, a Kaira e o meu beck bem boladão.

- Muito b.o pra pouca paz, vem dormir comigo? - Falo gravando áudio no app verdinho e mando pra ela.

O áudio entrega e minutos depois enquanto eu tô bolando um ela escuta, o celular apaga bloqueando e depois de bolar eu acendo fumando enquanto digito a senha. Trago vendo que ela já não tá online e mando outra mensagem porque sou chato mermo.

Eu: Tá me dando gelo por quê?

Kaira: Não tô te dando gelo, só não tem o que responder.

Eu: Que tal "Vou dormir com tu"?

Kaira: Não tô me sentindo bem, não vou ser uma boa companhia nesse momento.

Eu: Tá pegando o quê, Kaira?

Solto a fumaça esperando a resposta e ela para de digitar saindo do app e me deixando no vácuo de novo. Franzo as sobrancelhas achando estranho e apago o baseado no cinzeiro antes de levantar vestindo o casaco moletom, coloco a quadrada na cintura calçando meu chinelo de faixa e saio da base indo a pé mermo.

- Visão. - Faço toque com todos na contenção e vou pra casa da minha baixinha.

Bato o portão e depois de alguns minutos ela vem abrir toda estranha. Rosto inchado, nariz vermelho, o brilho dos olhos apagados.

- Dia ruim? - Pergunto entrando quando ela dá espaço e ela assente fechando o portão atrás de mim.

Kaira: Vida ruim. - Vem pra minha frente e encosta a cabeça no meu peito depois de suspirar. - Tá frio, vamo entrar.

- Tá passando o quê? - Abaixo pegando na sua cintura com as duas mãos e tiro ela do chão sentindo ela travar as pernas na minha cintura enquanto eu acaricio sua bunda enchendo a boca gostosa dela de selinho.

Kaira: Fui demitida. - Deita a cabeça no meu ombro fungando e eu continuo caminhando escutando ela chorar.

- Como pode? - Pergunto entrando na sala e sento no sofá ajeitando ela em cima de mim. - Tu é brabona, não faz sentido.

Kaira: Minha chefe teve que se mudar e deixou a empresa sob comando do filho, eu cheguei atrasada por conta da facul e ele não gostou. - Fala com a testa grudada na minha.

- Quer que eu visite ele e faça ele pensar melhor? - Pergunto já imaginando o cano da peça beijando a testa dele. - Ela nega com a cabeça e eu acario o braço dela, ela foge do meu toque fazendo careta e eu frazo as sobrancelhas. - Que foi?

Kaira: Nada. - Sorri fazendo menção de me abraçar e eu desvio olhando sério pra ela.

- Tira esse moletom. - Falo sério e seu sorriso fecha.

Kaira: Tá frio. - Murmura e eu levo as mãos pro moletom dela começando a tirar. - Ai! - Geme quando passo pelo braço direito.

- Desculpa. - Jogo o moletom no chão e cerro a mandíbula quando vejo o braço direito dela vermelho com marca de dedo. - Que porra é isso?

Kaira: Fica calmo...

- Fica calmo o caralho, porra, quem te fez isso? - Olho nos olhos dela. - Fala pra mim quem tá querendo morrer. - Peço pegando seu rosto com as duas mãos e acaricio seu queixo com o dedão.

Kaira: Se eu falar tu promete que não faz nada? - Fico calado. - Se tu fizer algo eu juro que vou ficar muito puta e não te perdôo tão cedo, Zaion.

Safada, desde que escutou o Mota me chamar pelo nome nunca mais parou.

- Tá certo, eu não vou fazer nada.

Kaira: Promete, Zaion! - Pede mais uma vez e eu assinto me dando por vencido. - Quero escutar.

- Eu prometo, Kaira.

Kaira: Foi o filho da minha chefe.

- Hmm. - Resmungo tentando não demonstrar a vontade que eu já tô de matar um. - Tem pomada aí pra passar no braço? - Ela assente apontando pra uma sacola de farmácia do meu lado no sofá.

Pego abrindo e tiro a pomada antes de colocar um pouco em uma mão e esfregar na outra passando no braço dela com cuidado pra não doer.

A mas dependendo do motivo isso não vai ficar assim mermo.

Inolvidável - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora