Kaira.
Cara, surreal o jeito que a minha vida mudou pra melhor em um mês e poucos dias.
Tô me referindo ao livramento que rolou na minha vida amorosa. Desde o dia que eu terminei com o Jota a minha vida só fez melhorar, e só agora que eu tô parando pra pensar eu vejo que aquele relacionamento tava se tornando muito tóxico.
Digo que foi livramento porque além dele ter feito o que fez comigo enquanto eu dormia, acabei descobrindo uma semana depois que ele tinha um filho de três meses.
E adivinhem quem é a mãe.
Isso mesmo, a tal da nova moradora. Não sei como eu passava pela porta, sério, minha cabeça parecia uma árvore de tanto galho que tava sendo implantado, a gaia que levei foi grande.
No começo ele se recusava a aceitar o nosso término, achava que eu estava de "draminha", porém, me mantive firme na minha decisão e ele acabou desistindo de vim me importunar.
Até hoje sinto vergonha e nojo do que aconteceu, teve um tempo que eu até cheguei a ponderar a possibilidade de eu ser culpada, porém a Mel e a tia Maria me fizeram entender que a culpa foi totalmente dele.
Melissa: OU. - Berrou no meu ouvido, fazendo eu olhar pra ela assustada. - Tô falando contigo, cara, tá com a cabeça aonde? - Estalou os dedos e voltou a sentar quando viu que conseguiu a minha atenção.
- Quê? - Perguntei confusa. - Não entendi nada que tu falou.
Melissa: Nem notei. - Debochou e eu dei um tapa estalado na coxa dela. - AI! - Passou a mão no local que ficou vermelho.
- Debocha mais. - Falei e ela me deu o dedo como resposta.
Melissa: Eu tava perguntando se tu não quer ir pra uma socialzinha comigo. - Mordeu a ponta da unha postiça enquanto me encarava.
- De quem? Onde?
Melissa: No Alemão, o bofe que eu tô ficando me chamou, falou que vai só os mais chegados pra comemorar a liberdade de um parceiro dele que acabou de sair da prisão. - Falou com naturalidade, como se não tivesse acabado de me convidar pra ir em uma social que provavelmente só terá envolvido e puta.
Nada contra, mas nada a favor também né. Não sou muito rolezeira, porém sei que esse não é o tipo de rolê mais atrativo que há.
- Ai, Mel... - Ia começar a falar e ela já me cortou.
Melissa: Não vem com esse ai Mel. - Me imitou fazendo uma voz que, claramente, não chegava nem perto de se parecer a minha. - Vamo comigo, cara, por favor. - Juntou as mãos, implorando. - Tu não sai faz quanto tempo? Tua vida é trabalho e facul, vamo curtir essa juventude gata! - Finalizou me chacoalhando.
- Você falou que você foi convidada, mas eu não fui. Eu odeio entrar de penetra nos negócio. - Inventei a primeira desculpa que veio na minha mente e franzi as sobrancelhas ao ver ela pegando o celular na mesinha de centro antes de digitar algumas coisas e em seguida o som de um celular chamando ecoar pela sala da casa dela.
- Fala tu, peituda. - Uma voz grave falou depois de atender e a Mel abriu um sorriso safado.
Que pilantra essa garota, deve ser o bofe que ela tá pegando.
Melissa: Oi, gato. Minha irmã não quer ir comigo pra social porque não curte entrar de penetra, chama ela aí.
- Pode pá. - Ele respondeu e eu dei outro tapa na coxa da Mel, que riu, antes de esticar a mão que segurava o celular na minha direção.
- Oi. - Falei pegando o celular.
- E aí, tranquilidade? - Assenti mesmo que ele não pudesse ver.
- Ahram, e aí?
- Por aqui tudo certo também. Pô, tu é muito bem vinda, pode brotar sem terror nenhum.
- Ah, sim, obrigada. - Sorri forçada. - A gente se vê depois então, tchau.
- Falou, fiquem na paz aí. Nós se tromba depois, peituda. - Falou pra Mel antes de desligar e ela bateu palmas animada.
Melissa: Tu falou que cês ia se ver depois. Isso significa que tu vai? - Abriu mó sorrisão.
- E eu tenho escolha? - Dei de ombros.
Melissa: Sei que fui insistente, mas é porque eu conheço o teu limite. Sei quando tu não quer ir e quando tu NÃO quer ir. - Enfatizou o último não e eu dei risada por ser verdade. - Mas mesmo assim, se tu não quiser ir real eu vou entender, mana.
- Não. - Neguei com a cabeça. - Eu vou, tá de boa.
Passamos o resto da tarde fofocando e quando deu seis da tarde fui pra casa me arrumar. Quando voltei pra casa da Mel ela falou que o cara que ela tá pegando mandou alguém pra vir nos buscar, entramos no carro e partimos pro Alemão.
Quando chegamos lá eu e a Mel já fizemos aquela sessão de fotos básica e eu postei a que mais gostei no meu status do whats.
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Meu Status
Sabadou.🐆
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Inolvidável - Livro 1.
Romance+16| Inolvidável: Que não se pode olvidar; impossível de se esquecer; que fica na lembrança; inesquecível. - O que eu e você tivemos foi inolvidável, aceite. Quanto mais você negar, mais esse sentimento vai se apossar de você. "Quando um não aguenta...