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Xodós eu vou deixar uma caixa de perguntas no insta e vocês podem fazer tanto perguntas referentes à mim como escritora quanto perguntas pessoais. Meu insta tá na bio do perfil então passem lá, se flopar eu já aviso que vou entrar em extinção.😭

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Kaira.

Sinto algo deslizar pela pele descoberta da minha perna e sorrio sem abrir o olho.

- Tu é insaciável cara, a gente foi dormir literalmente de manhã e tu ainda tá no pique. - Bocejo sentindo o deslize vim pro meu braço e abro o olho arregalado quando ouço um som característico de cobra.

Engulo em seco ao me deparar com esse negócio preto, cumprido e gordo bem junto a mim. Minha respiração falha, minha garganta fecha, minha pele toda arrepia e eu não contenho o grito quando ela se enrola no meu braço fazendo eu sentir a pele gelada, me deixando enojada e desesperada ao mesmo tempo.

- SOCORROOOO, ATACANTE PELO AMOR DE DEUS. - Grito totalmente apavorada e as lágrimas começam a rolar soltas pelo meu rosto.

Fungo escutando passos de alguém correndo e choro ainda mais quando vejo o Atacante passando pela porta com a arma na mão e expressão de preocupação, porém ela muda pra alguém que tá segurando risada enquanto me encara.

- Tem uma cobra em mim, tem uma cobra em mim. - Tusso com falta de ar de tanto que chorava e sinto meu nariz arder, ele dá risada e deixa a arma no chão antes de se inclinar na minha direção pegando a cobra. - Tu acha isso engraçado? - Fungo passando a mão no rosto e tapo ele com a mão ao escutar ele rir mais alto enquanto vai saindo do quarto.

Enterro o rosto na almofada abraçando o lençol junto ao meu corpo e mais lágrimas saem dos meus olhos quando eu lembro daquele negócio se enrolando e deslizando sobre mim.

Atacante: Tu ainda tá chorando? - Escuto a voz dele e continuo do jeito que tô, sinto a cama afundar por trás de mim e em seguida dois brações me envolvendo. - Tu tá tremendo. - Sinto um beijo ser depositado no meu pescoço. - Já passou, se acalma, baixinha.

- Eu achei que fosse você aí abri o olho e era aquele negócio. - Fungo sentindo meu estômago embrulhar e quando o vômito bate na minha garganta eu empurro ele e salto da cama correndo pro banheiro, onde vomito a janta de ontem no vaso.

Atacante: Porra, pra onde vai toda essa comida que tu ingere? - Ele se abaixa por trás de mim fazendo um coque no meu cabelo com a minha xuxinha preta.

- Pro cu.

Atacante: Papo. - Fala dando descarga e ele me ajuda a levantar. - Acho que a maioria do teu pesinho vem do nosso rabetão. - Gargalho negando com a cabeça e escovo os dentes com uma escova nova que ele me dá.

- Cara, de onde saiu aquele bicho? - Pergunto me referindo à cobra enquanto sento na cama.

Atacante: Bicho não, ou. - Fecha a cara. - Sua enteada, pô.

- Sai fora, nem fudendo.

Atacante: Sem caô, minha filhona. Ontem nós passou pelo terrário dela, viu não?

- Não. - Arregalo o olho. - Caso não se lembre eu tava ocupada com a boca na sua então não tinha como olhar pra nada em volta.

Atacante: Bom que cês já se conheceu. - Passa a mão na tatuagem do peito e eu desço o olhar pra bermuda bem abaixo deixando a entrada linda dele visível.

- Conheci mas nem queria né? Só de lembrar meu estômago já embrulha de novo, que nojo.

Ele que tava colocando a glock no coldre para petrificado e sobe o olhar pra mim sem se movimentar.

Atacante: Toma remédio?

- Tomo.

Atacante: Em horário certo mermo?

- Sempre.

Atacante: Hm. - Assente. - Jaé.

A gente escuta batida no portão lá embaixo e ele se aproxima da janela indo espreitar sei lá o quê, eu visto a camiseta dele que fica um vestido em mim e bufo puta da vida quando acho o pano da minha calcinha rasgado no chão do quarto.

- Tu não vai abrir? - Pergunto escutando mais batida.

Atacante: Tenho uma ligação pra atender então não dá, tem como tu ir pra mim? - Se escora na parede acendendo um beck. - É a comida que eu mandei trazer pra tu.

Quando eu faço menção de sair do quarto ele me puxa pra trás e me dá uma cueca preta dele.

Atacante: Não sei onde tu acha que vai sem calcinha. - Aperta os olhos. - Veste isso.

- Vou sim mas é porque eu quero, não porque tu tá falando.

Atacante: Tranquilo, pretinha. - Levanta as mãos como quem se rende.

Visto a cueca bem confortável e desço as escadas, eu que já não vou devolver. Saio pro quintal e quando abro a porta me deparo com o Hadad carregando algumas sacolas de comida, ele varre meu corpo com o olhar e eu fico totalmente envergonhada pois ainda não falei com ele sobre eu e o Atacante depois do nosso beijo.

Falando no maldito, eu tenho certeza que fez de propósito, por isso fez tanta questão que eu viesse abrir.

Inolvidável - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora