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Bato o olho no notebook dela por cima da mesinha de centro. A tela tá ligada e eu olho pra imagem aberta contendo vários cômodos de um apartamento com uma decoração e pintura maneira.

Kaira: Gostou? - Se aproxima sentando de lado no braço do sofá olhando pra imagem.

- Da hora, pô. - Assinto. - De qual site tu pegou?

Kaira: Pra quê? - Pergunta e continua comendo a merda dela.

- Não sei se tu reparou mas na minha goma lá da pista o único cômodo que tá mobiliado é aquele que tu tava. - Descanso as costas no encosto do sofá.

Kaira: Tava puta demais pra reparar na sua humilde residência, que convenhamos, de humilde não tinha nada né. - Sorri passando a língua pelo cantinho da boca.

- Então, mas não tá. - Explico voltando a encarar a imagem. - Aí quero uma decoração maneira, achei foda essa daí, passa aí o nome do site pra ver se eu acho quem fez e contrato.

Kaira: Hm. - Assente. - Tá em site nenhum, eu que fiz.

- Caô, porra. - Nego desacreditado, pelo que eu sei ela ainda nem formada é e esse bagulho tá a cara de que foi planejado por um profissional brabo.

Kaira: Caô nada, olha aqui. - Encosta sua unha postiça na tela apontando pra uma escritura bem pequena e escondidinha no final da imagem, que se ela não tivesse mostrado eu não teria notado.

- Porra tu manja muito. - Aperto os olhos pondendo ver claramente o nome dela assinado. - Maneiro pra caralho.

Kaira: Jura? - Assinto. - Trabalho da facul.

- Quer montar um desses pra minha goma não? - Ela me olha admirada com não sei o quê.

Kaira: Vai confiar nessas mãozinhas que nunca tiveram o prazer de montar projeto pra ninguém além da faculdade?

- Vou, pô. Olha isso. - Pego o bagulho nas mãos mostrando pra ela mais de perto. - Saporra tá aulas. - Aceita aí pô, pago o quanto tu quiser.

Kaira: Fechou então, outro dia a gente senta e acerta isso com calma. - Volta a comer. - Pode ser?

- Pode.

Kaira: Toma. - Faz menção de me dar uma garfada e eu viro o rosto pro outro lado. - Só um pouquinho, não vale julgar sem comer antes.

- Tá bom, come aí que eu já provo.

Ela me encara como quem não acredita e volta a comer, observo ela pegar a mistura com o garfo levando pra boca e antes dela engolir eu puxo ela fazendo ela deitar a cabeça na minha perna e colo minha boca na dela.

Enfio a língua dentro da boca dela, sentindo a dela vir de encontro com a minha me transferindo o gosto do abacate misturado com o leite ninho.

Sua mão alisa meu pescoço num gesto carinhoso e eu varro sua boca com a língua sentindo cada vez mais o sabor do bagulho. Finalizo o beijo com um selinho e uma puxada de lábio inferior com os dentes.

Ela suspira acariciando a lateral do meu rosto e passa a ponta do nariz pela minha boca fazendo eu plantar um beijo ali.

Kaira: Curtiu? - Deixa a caneca por cima da mesa de centro e senta de frente no meu colo com as pernas ao meu redor.

Balanço a cabeça de um lado pro outro, deixando claro que a minha resposta é "mais ou menos", e ela beija o canto da minha boca passando os braços em volta do meu pescoço.

- Não é um bagulho que vai me dá vontade de comer mas também não é um bagulho que me faça querer vomitar, tendeu?

Kaira: Tendi. - Assente e eu cheiro seu pescoço sentindo o aroma do gel de banho. - Por que tão lindo, senhor?

- Pra combinar com essa gostosura tua. - Aperto sua bunda beijando sua clavícula e ela dá risada jogando a cabeça pra trás.

Inolvidável - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora