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Atacante.
Olho o bundão dela impinado naquele short minúsculo que sobe a cada passo que ela dá ao mesmo tempo que suas mãos pequenas entram no meio de suas coxas grossas pra abaixar.
- Depois nós se tromba. - Levanto fazendo a Carol levantar do meu colo com um ponto de interrogação estampado na testa.
Tiro quatro notas de cem do meu bolso deixando duas sobre a mesa e duas na mão dela.
Carol: Posso saber onde tu vai?
- Poder pode, mas não vai né. - Afasto ela da minha frente. - Fé pra vocês! - Me despeço dos manos antes de correr entrando na esquina que a baixinha curvou.
Junto dois dedos na boca, assobiando, e ela se vira pra trás me vendo. - Muito gostosa, na moral.
Ela finge que não é com ela e continua andando, aperto o passo alcançando ela e ficando lado a lado.
Kaira: O que tu quer, cara? - Me olha de cima abaixo e a gente sobe o lance de escadas.
- Tá me tratando assim por que, baixinha? - Entro na frente dela, fazendo ela parar de andar e bufar.
Kaira: Se eu bem tô lembrada eu paguei o aluguel, não paguei? - Assinto sem entender o ponto que ela quer chegar. - O que significa que tu não tem nada pra falar comigo, dá licença. - Me empurra, ou melhor, tenta porque eu não me movo um centímetro.
- Se me maltratar eu gamo, em. - Pego ela desprevenida, dando um beijo no canto da boca dela, e só sinto um tapa ardido no meu pescoço. - Caralho. - Passo a mão e ela sorri debochada.
Kaira: Dá licença, tô com fome e preciso me alimentar.
- Eu te alimento, pô. - Ela respira fundo e eu até afasto caso ela queira me bater novamente. - Agora é sério, tá negando voz por quê?
Kaira: Porque a boca é minha e eu posso decidir com quem quero ou não falar? - Responde como se fosse óbvio.
- Então tu não quer falar comigo? - Cruzo os braços na altura do peito apertando os olhos.
Kaira: Não. - Sorri forçada aproveitado a afastada que eu dei e passa por mim com as tranças loiras batendo na bunda.
- MUITO LINDA, RAPUNZEL. - Grito com as mãos juntas de cada lado da boca e escuto sua risada gostosa antes de ver ela erguer o braço e mostrar o dedo do meio pra mim.
Tateio meus bolsos e pego um baseado junto com o isqueiro acendendo e botando o balão pra subir, respirando fundo em seguida.
Desço o lance de escadas com o baseado entre os dedos e vejo a mãe da baixinha saindo da mercearia com os dois braços cheios de sacola.
Jogo o baseado no chão pisando e amassando com o pé antes de atravessar a rua e parar do lado dela.
- E aí, tia, firmezinha?
Maria: Eu nunca sei responder esses negócios não, me cumprimenta como gente normal pelo amor de Deus. - Dá risada.
- Pô, firmezinha é tipo "beleza", "tudo bem", essas parada assim, se ligou? - Falo pegando a maioria das sacolas e deixando ela com apenas duas.
Maria: Me liguei. - Ela responde e suspira de alívio agradecendo e começando a caminhar. - Olha, não gostava muito de você não, mas depois dessa vou repensar.
- Sincerona, na lata, cara. - A gente para pra deixar um carro passar e ela dá de ombros. - Bandido também tem sentimento, tia.
Maria: Eu imagino... - Ela para de falar esperando a rajada de criançada correndo, e gritando, passar pra só então continuar. - Mas tu tinha sequestrado meu neném, aí não tinha como eu te achar a melhor pessoa desse mundo.
- Papo retão. - Concordo. - Mas foi só pra dar um susto no pau no cu do outro lá, eu tô ligado que as pessoas em volta da pessoa com quem nóis tem caô não tem nada a ver então eu jamais teria machucado ela. - A gente para na frente da casa dela e ela abre. - Ainda mais que ela é lindona, né? Fica até feio pra mim machucar um rostinho de princesa daquele.
Maria: Menino. - Ela ri entrando e me dá espaço pra entrar também. - Tu é atacante mesmo, em.
- Quê isso, tia. - Nego com a cabeça. - Se dar o papo real é ser atacante então sou mermo. - Deixo as sacolas no chão da cozinha e ela agradece.
Maria: Tu gosta de pudim? - Nego com a cabeça. - A mas o meu tu vai, senta aí. - Ela fala e já vai pegando as coisas pra servir.
Ela me dá no pratinho e eu como sentindo o sabor do leite condensado se misturando com chocolate, observo ela me encarar com os olhos semicerrados esperando que eu esboce alguma reação.
- Curti à beça. - Respondo fazendo ela sorrir e me oferecer mais. Aceitei na hora, bom pra caralho.
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Inolvidável - Livro 1.
Romansa+16| Inolvidável: Que não se pode olvidar; impossível de se esquecer; que fica na lembrança; inesquecível. - O que eu e você tivemos foi inolvidável, aceite. Quanto mais você negar, mais esse sentimento vai se apossar de você. "Quando um não aguenta...