Maratona.
{1/5}Kaira.
Ele ficou todo estranho de repente, estávamos de boa curtindo a hidro então nem sei o porquê disso.
Veio com desculpa de que tem parada pra fazer mas não colou comigo, pode ser verdade? pode! Mas não me desceu muito não, só não insisti no assunto porque ele tá com cara de poucos amigos e se fechou na dele.
Vesti a roupa que eu vim, por cima do biquíni mesmo, após me secar com a toalha, e peguei meu celular vendo ele com o semblante sério catando as coisas dele.
Atacante: Bora. - Pegou a chave da moto dele e abriu a porta, me dando passagem.
Passei por ele, sentindo o cheiro de malbec exalando dele, e escutei a porta ser fechada atrás de mim, indo pro elevador em seguida.
Entrei primeiro, vendo ele entrar depois de mim, e encarei ele, pensando se falava alguma coisa pra cortar esse climão que se instalou do nada, ou se ficava quieta pra não levar esculacho de graça.
- Eu fiz alguma coisa que te...
Atacante: Não. - Cortou a minha fala e eu dei graças a Deus pelo elevador ter aberto já no estacionamento.
Ninguém merece ser tratada dessa forma com tanta frieza depois de uma noite incrível sem motivo plausível, bem feita sua burra. Agir no calor do momento sempre me fez tomar no olho do cu e ainda assim eu pareço não aprender nunca.
Não é nem negócio de ser emocionada, é mais no quesito de esperar ser tratada com respeito e empatia porque é o mínimo né.
Atacante: A moto tá aqui, tá indo pra onde? - Perguntou depois que eu passei direto indo pra saída.
- Vou pegar um táxi, não se preocupa. - Continuei caminhando e escutei o barulho de seus passos aumentarem na minha direção.
Atacante: Qual foi? - Puxou meu braço de leve, fazendo eu me virar.
- Qual foi digo eu né? - Me soltei abruptamente. - Tu tá aí me respondendo como se estivesse sendo obrigado, foi da água pro vinho em menos de dez segundos. - Falei calma pois tenho pra mim que tem coisas que não valem o nosso estresse. - Melhor eu ir sozinha porque, ao que parece, minha presença tá te incomodando.
Atacante: Tá nada, cara. - Balança a cabeça em negação. - Coisa da tua cabeça, pô. Eu tô pensativo só.
- Mais um motivo pra eu ir atrás de um táxi, aproveita pra pensar. - Faço menção de dar um passo e ele se coloca em minha frente.
Atacante: Faz isso não, eu te trouxe e eu vou te levar.
- Tá. - Me dei por vencida, pelo bem da minha saúde mental, seguindo ele rumo à moto e montamos na mesma depois dele me dar o capacete.
Por incrível que pareça não tinha quase trânsito nenhum, em menos de vinte minutos ele tava parando a moto numa rua antes da barreira do Lins.
- Valeu. - Desci da moto, entregando o capacete pra ele que ficou me encarando. - Suspirei, fazendo menção de deixar no chão e ele pegou, me puxando pelo braço e grudando as nossas bocas em seguida.
Tentei pra caralho relutar, Deus é testemunha que eu tentei, mas quando fui ver eu já tava fazendo cafuné em seu cabelo na régua e chupando a língua dele ao mesmo tempo.
- Idiota. - Falo no meio do beijo socando as costas dele, antes de separar por falta de ar, e ele me rouba um selinho.
Atacante: Visão, pretinha. - Fez joinha antes de tirar o pé da calçada e sair a milhão.
Chamei um mototáxi, porque estava totalmente sem condições físicas de subir a ladeira, e pedi pra ele me deixar na casa da tia Maria.
Maria: Eita que o pagode rendeu. - Riu me dando passagem e eu acabei rindo junto. - Que selvageria, minha filha. - Analisou as marcas no meu corpo e eu sentei no sofá.
- Nem me fala, tia. - Fiz careta, sentindo meu corpo doer ao me deitar.
Maria: Porra, pra estar desse jeito deve ter dado muito. - Fez careta imaginando e eu ri da cara que ela fez.
- Nem te conto. - Falei e ela me olhou atenta. - Até amanhecer. - Ela arregalou tanto o olho que eu achei que eles fossem sair.
Maria: Que buceta resistente. - Não aguentei e berrei, minha barriga chega doeu de tanto que eu gargalhei.
- Cadê a Mel? - Falei depois de me acalmar.
Maria: Ainda não deu o ar da graça desde a saída de vocês, outra que vai voltar arregaçada, nem trabalhar foi. - Cruzou as pernas aumentando o som da tv.
- Aiai, pensa num domingo produtivo.
Ela deu risada e eu almocei assistindo uma novela que ela tinha colocado.
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Inolvidável - Livro 1.
Romansa+16| Inolvidável: Que não se pode olvidar; impossível de se esquecer; que fica na lembrança; inesquecível. - O que eu e você tivemos foi inolvidável, aceite. Quanto mais você negar, mais esse sentimento vai se apossar de você. "Quando um não aguenta...