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- Se você falar mais um a sobre o Mota eu dou na tua cara. - Falei me afastando da Melissa, que se aproximou e continuou choramingando no meu ouvido.

Odeio isso. Ela que fica ignorando ele, pagando de inalcançável, e ainda tem a audácia de sofrer por algo que ela mesma inventou de fazer.

Melissa: É sério, eu tô morrendo de saudade mas vou deixar ele correr atrás mais um pouquinho. - Suspirou deitando a cabeça no meu ombro.

Domingão desses e já começamos com choradeira.

- Ele é bandido e não atleta, vai nessa de deixar ele correr atrás por muito tempo pra ver se logo logo ele não desiste. - Falei e pra quê? Só fiz a garota ficar mais pilhada.

Melissa: Misericórdia, Kaira, será? - Levantou a cabeça, me encarando. - Mano, e se ele já tiver desistido?

- Ele te liga no mínimo umas dez vezes por dia. - Dei risada. - Não acho que isso seja algo que alguém que já desistiu faz.

Melissa: Deus queira, mana. - Fez o sinal da cruz olhando pro teto, me fazendo rir. - Vou parar de graça na semana que vem, mas enfim, me explica direito o lance do Jota que tu não quis falar ontem por conta do nervosismo.

Revirei os olhos só de ouvir o nome do sujeitinho. - Basicamente ele disse que se eu me envolver com algum outro cara ele vai dar um fim, no sentido literal da palavra, no indivíduo.

Melissa: Ihhh, ô o problemão que tu foi arrumar.

- Pois é.

Melissa: A solução vai ser pegar mina ou um cara que tenha peito pra bater de frente com ele.

- Por que não os dois? - Sorri de lado, fazendo ela gargalhar e dar um tapa no meu braço.

Melissa: A gata tá mais atacante que o dono do vulgo. - Falou, me fazendo berrar.

Sobre a minha sexualidade: me considero noventa e nove por cento hétero, mas aquele um por cento...

Se deve à existência de mulheres.

Já me senti atraída por algumas, mas nunca fiquei porque a atração nunca foi forte o suficiente pra me fazer querer ir além e explorar.

- Ai como a vida do pobre é triste. - Me espreguicei antes de levantar e calçar meus chinelos.

Melissa: Demais, a pobreza tem magoado pessoas incríveis. - Bocejou, deitando a cabeça no braço do sofá, e fechou os olhos.

- Pode ir levantando. - Puxei a perna dela. - Tá achando que eu vou arrumar essa bagunça toda sozinha? - Apontei pra mesa de centro cheia de caixas de pizza, sacolas de lanche e latas de refri.

Sexta-feira e ontem eu fiquei na pior porque tava remoendo a ameaça do Jota, foi só essa malucona chegar com comida que eu rapidinho saí da bad.

Melissa levantou na força do ódio e me ajudou a levar tudo pra cozinha antes de começar a arrumar as coisas por lá e lavar a louça.

Dei uma geral no resto da casa, porém, me dediquei mais à sala, porque é onde as visitas geralmente ficam quando vêm, e porque os outros cômodos ainda estavam organizados da última vez que eu arrumei.

Terminamos as arrumações ia dar duas da tarde e lá fomos nós pagar de cinderelas, ou seja, a gente foi se arrumar pro pagode.

Graças ao bom Deus eu tinha finalizado o meu cabelo ontem e só tive que me preocupar com a roupa que eu ia. Acabei pegando um macacão preto, que é elástico e modela super bem o corpo, alguns acessórios, e uma sandália da mesma cor.

Tomei um banho gelado e vesti rapidamente enquanto a Melissa fazia o mesmo, desci um pouco o zíper do macacão, ajeitando meus peitos no decote, e fui fazer uma maquiagem básica.

Não sei fazer muita coisa então foi só blush, iluminador, corretivo nas olheiras e passei gloss nos lábios depois de colar os cílios.

- Sou muito gata, cara, não dá. - Falei pra mim mesma, encarando o meu reflexo no espelho e balançando o meu cabelo pra ganhar mais volume.

Passei perfume e em seguida peguei o meu celular, tirei uma pá de fotos e coloquei a que eu mais gostei como foto de perfil do whats.

Melissa terminou de se arrumar também e foi o tempo do uber que eu chamei chegar, pegamos nossas bolsas e saímos de casa descendo a ladeira em seguida.

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