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Melissa: É O QUÊ? - Melissa cuspiu o batido de banana que eu acabei de fazer após eu ter contado os acontecimentos de ontem, rapto e afins. - Mano! - Exclamou dando risada enquanto negava com a cabeça.

Maria: Eu não tô achando graça nenhuma. - Soltou o copo na mesa e passou a mão no cabelo longo dela. - Aquele desgraçado... - Respirou fundo com os olhos fechados. - Eu falei que o Jota só ia te trazer desgraça.

- Sim, tia, você falou. - Ela sempre se opôs ao nosso relacionamento, diz que mereço melhor e que já sofri demais pra me envolver com alguém fora da lei. - Mas o importante é que eu tô bem.

Maria: Bem? - Repetiu. - Bem mal, só pode. - Balançou a cabeça em negação. - Eu já falei inúmeras vezes pro Jota que se ele te envolver nos problemas dele eu queimo essa favela, nem que eu perder a minha vida logo depois!

- Se acalma, tia. - Me levantei e fui pra perto dela, a abraçando de lado. - Ele não fez de propósito...

Melissa: Dá no mesmo?! - Falou como se fosse óbvio.

- Para de piorar a situação, velho. - Olhei pra ela com os olhos semicerrados e ela deu a língua pra mim.

Chegaram alguns clientes aqui no brechó que a tia Maria montou aqui na favela e eu me afastei dela para que ela pudesse ir atendê-los, pois as meninas que ajudam a tia tinham saído pra almoçar.

Peguei os copos que usamos para tomar o batido e levei pra cozinha do lugar, lavei tudo que sujei no processo de preparação e os copos antes de deixar secando no escorredor e voltar pra onde a tia Maria e a Mel estavam.

Melissa: Mãe. - Chamou e a tia olhou pra cá. - Já estamos indo, daqui a pouco tem trampo e ainda queremos pegar uma marquinha antes de dar nosso horário.

Maria: Tá bom, minhas meninas. Obrigada pelo café da manhã, tava com saudade das minhas bebês. - Veio abraçar a gente e depositou um beijo em nosso rosto.

- Tchau, gostosa. - Dei um tapa no bundão dela e ela riu antes de voltar a dar atenção pros clientes.

Saímos da pequena casa e descemos pra casa da Mel, era duas ruas depois da minha.

Solzão tava como? Queimando à beça, o clima perfeito pra pegar aquela marca danada, amo pouco.

Peguei um biquíni meu que achei entre as coisas da furtadora, vulgo Mel, e vesti subindo pra laje em seguida.

Sentei na cadeira portátil antes de passar um óleo qualquer que a Mel me deu e deitei a cabeça no encosto da mesma, fechando os olhos e sentindo o sol fazer seu trabalho.

Senti algo frio tocando no meu braço e abri o olho prontíssima pra xingar, porém, a chateação foi tão rápido quando veio assim que meus olhos avistaram a latinha de Brahma que Melissa balançava na minha direção.

Ergui o braço pra pegar e a safada afastou. - Não fode, vadia.

Melissa: Super educada, graças a Deus. - Riu, deixando a lata no meu colo e abriu a outra cadeira portátil antes de sentar com a latinha dela já aberta.

Abri a minha também e dei um gole, sentindo o líquido amargo e borbulhento descer pela minha garganta.

Não sou muito de beber, na verdade a minha vibe é mais refri, porém, quando bebo é sem restrições, de tudo um pouco.

- Garota, me conta como foi o rolê com o cara. - Falei olhando pro lado, vendo ela abrir um sorriso de lado.

Melissa: Ai mana. - Suspirou e mordeu seu próprio lábio inferior. - FOI TUDO!

- Trabalho com detalhes, mona.

Melissa: Eu sei, caralho. Só não sei por onde começar.

- Pelo começ... - Ela me olhou puta. - Parei! - Ri. Ela vive falando que sou impaciente sendo que adora me provocar, tá provando do próprio veneno agora.

Melissa: Ele me levou pra jantar no restaurante de um amigo lá na Sul. Só pratos chiques! Sei que tu já viu no meu status, mas pessoalmente era ainda mais lindo, o lugar e as comidas.

- O bofe não tá pra brincadeira, em? - Ela assentiu enquanto enrolava a ponta de seu cabelo no dedo.

Melissa: A partir dali foi só sucesso, saímos do restaurante e rumamos logo pra um motel por perto. - Dei um gole na minha bebida e ela fez o mesmo. - Se ele já tinha me ganho na comida, imagine na foda? Mana, tive meu primeiro orgasmo da vida! - Gritou e um cara que tava passando lá embaixo olhou pra cá. - Que foi? Gozei mesmo! - Encarou o cara, ele continuou andando com cara de traumatizado e eu entrei numa grave crise de risos. - É sério, mana, nunca na minha vida eu tinha sido comida daquela forma.

- Tô feliz por você, meu amor. - Sorri, tentando normalizar a minha respiração, e ela sorriu de volta.

Levantei pra deitar a minha lata já vazia e aproveitei pra tirar uma foto e postar no insta.

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Curtido por @Melissinha , @Eujota e outras 58 pessoas

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@_Kaira Solzinho das 12. ☀️

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