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Atacante.

Tô fazendo a ronda com o Hadad, e mais um cria, e quando nós encosta na rua da baixinha eu aperto os olhos franzindo as sobrancelhas ao ver o carro dela sumir da minha vista descendo a ladeira.

- Pô, continuem a ronda aí que eu vou ver um negócio aqui. - Falo pra eles que assente se afastando com os fuzis.

Sem pensar duas vezes eu pego meu celular e ligo pra ela, uma, duas, três vezes e nada dela antender.

- Porra, baixinha, me ajuda a te ajudar. - Bufo passando a língua no lábio e ligo pra Melissa que atende no quarto toque com a voz sonolenta.

Melissa: Oi? - Boceja. - Atacante?

- Eu mermo, pô, foi mal por te acordar mas tem como tu encostar aqui fora rapidinho? - Pergunto parando na frente do portão da baixinha.

Melissa: Tô saindo. - Avisa antes de desligar e segundos depois o portão é aberto. - Tá tudo bem?

- Isso que eu quero saber, pra onde a Kaira foi? - Ela franze as sobrancelhas negando com a cabeça.

Melissa: Kaira tá aí dentro, dormindo no quarto dela. - Fala e eu nego explicando o que eu vi. - Uai. - Fala baixo olhando pro lugar onde a baixinha estaciona o carro totalmente vazio. - Pera, vou ligar.

Passo a mão na cabeça tentando manter a calma enquanto a Mel liga e de lá dentro a gente escuta o celular da baixinha tocar.

- Porra, Kaira... - Murmuro entrando junto da Mel e pego o celular dela na cama desbloqueando.

Meu instinto me manda entrar no zap e quando eu vejo que a conversa mais recente foi com o Jota meu sangue ferve, abro lendo e minha veia chega dilata quando eu vejo que ela foi encontrar ele.

Melissa: Meu Deus. - Passa a mão no cabelo. - Pelo amor de Deus vamo atrás dela. - Fala com a voz embargada antes de cair no choro. - Eu já perdi a minha mãe, não quero perder ela também.

- Ninguém vai perder ninguém, tu tem a minha palavra de sujeito homem que eu vou trazer ela de volta. - Falo pegando o radinho e aciono dois soldados falando pra eles descer com minha nave carregada de armas em seguida.

Minutos depois os cria encostam e eu passo a localização pro que vai dirigir antes de chamar o Mota pra acalmar a Melissa.

Mota: Como assim tu vai e eu fico? - Fecha a cara pra mim quando eu falo que não é pra ele ir com nós. - Tô te entendendo legal não.

- Não quero mais gente próxima de mim pulando na bala por mim, tá ligado? - Ele revira o olho. - Bagulho é entre mim e o miserável do Jota.

Mota: Tranquilo, irmão, mas saiba que eu só vou ficar por conta da Mel. - Me olha sério. - Vou sempre pular em bala tua sem pensar duas vezes independentemente do caralho que tu falar.

- Jaé, irmão, fé! - Falo fazendo um toque com ele e bato na parte de trás de seu ombro em seguida. - Bora, meus cria. - Aponto na direção da rua com a cabeça depois de me despedir da Melissa e saio com os soldados atrás de mim, embarcando na nave, que um deles já começa a dirigir, em seguida pra onde o gps indica.

Em coisa de vinte minutos nós para o carro numa pista usada pra vôo clandestino, aperto o olho quando vejo o carro da baixinha parando em frente de um jatinho que tá ali parado e ela desce de lá batendo a porta antes de gritar pelo Jota.

Kaira: Ô MISERÁVEL! - Bate palma. - Tô aqui, vamo acabar logo com isso.

Porra, na moral mermo, não tô acreditando que ela tá fazendo isso sem pensar em como eu ou a Mel vai ficar.

Assim que eu vejo a porta do jatinho ser aberta, e as escadas do mesmo serem debruçadas no chão, checo a munição da minha glock abrindo a porta do carro e descendo no mesmo segundo que o miserável aparece no meu campo de visão descendo as escadas com um sorriso estampado no rosto.

Jota: Gostosona, pô. Tudo isso pra mim? - Passa a língua no lábio fazendo menção de tocar nela e ela recua um passo negando com a cabeça. - Vai, só um remember rápido antes de morrer.

Inolvidável - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora