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Passei o restante da noite em claro, lembrando dela, seu jeito, seu toque, seu corpo, e principalmente na merda que ela fez. Conseguiu se vingar no meu ponto fraco, mas isso não ficaria assim. Mal esperei amanhecer e fui atrás de saber se ela havia ficado conosco apenas pra se vingar mesmo, porém, recebi uma ótima notícia, ela e Jéssica já começariam essa semana conosco para saberem mais ou menos como funciona tudo.

Mesmo todos estando surpresos por eu estar acordado tão cedo, me chamaram para o café da manhã em equipe. Cheguei sorrindo, não queria demonstrar o quanto ela havia me afetado.

— Bom dia! — disse animado, cumprimentando a todos, inclusive ela, que apesar de um sorrisinho, carregava uma certa timidez no rosto.

— Que felicidade é essa? Trouxe alguém ontem pro hotel que eu não vi? — Gerson falou, rindo.

— Não! — ri — E você, Vi? — á olhei com cinismo — Onde estava o jogo todo ontem? Fiquei preocupado, mano! — sorri pra ela que me fuzilou com os olhos.

— Fiquei um tempinho com o Moisés, ele é incrível! — sorriu, também cínica, e todos fizeram um coro de "hum" maliciosos, enquanto Jéssica ria, aposto que sabia de tudo. Não toquei mais no assunto e tentei desviar minha atenção dela, mas foi impossível olhar outra coisa quando ela se levantou para cumprimentar Fabinho que acabara de chegar.

Ela vestia um short jenas curto e desfiado, e aposto que todos os homens daquela mesa assim como eu babavam em sua bunda. Respirei fundo e tive uma grande idéia. Sou mesmo um gênio! Sorrindo feliz, pedi licença da mesa, fazendo todos me olharem sem entender.

— Tu mal começou a comer, Gabriel.

— Bateu sono! — ri — Bom dia pra vocês! — passei sorrindo feliz enquanto vi ela me olhar intrigada e dar de ombros, podia jurar que ela estava irritada por eu não ter demonstrado hoje o quanto ela me frustrou ontem, porém eu não lhe daria esse gostinho. Saí do elevador parando no andar que eu soube que era seu quarto, e como se Deus quisesse me ajudar, uma camareira saía do quarto que ela dividia com Jéssica — Moça, pera aí! Não fecha! — pedi correndo até ela, que me olhou espantada.

— Gabigol? — sorriu, espantada —— Acho que seu quarto é no andar de cima.

— É sim, mas esse andar foi reservado pra equipe, vim pegar o celular da moça que trabalha comigo, ela esqueceu. — pedi, fazendo minha cara de bom moço, ela me olhou desconfiada, porém por saber que aquele andar era realmente reservado a equipe, deixou-me entrar — Pode ir, não precisa ficar me esperando... — beijei seu rosto e ela em olhou assustada.

— Não posso te deixar sozinho em um quarto de outro hóspede sem autorização. — sorriu, constrangida.

— Que isso, acha que eu iria fazer algo assim, na cara dura? — ri — Fica tranqüila, só vai ser difícil eu achar no meio dessa mala gigante, não quero atrasar seu serviço!

— Já que é assim... — sorriu, sem jeito — Você pode autografar esse papel pra mim? — pediu, sorrindo.

— Tiro até foto! — ri, a fazendo sorrir encantada. Consegui o que eu queria, estava no quarto de Vitória, e tinha que ser rápido. Havia duas malas grandes, e logo decifrei qual era a dela por conta da blusa que estava por cima, a mesma que ela usou no velório.

Abri, e sem me importar com a bagunça, apenas em ser rápido, comecei a jogar todas as roupas dela sobre a cama e fui separando as que eu achava curta ou decotadas demais, ou seja, sua maioria. Ouvi passos e me desesperei, ainda tinha algumas peças. Peguei os shorts, saias e vestidos que vi pela frente, além das que eu já tinha separado.

Mal conseguindo segurar aquele tanto de roupa, saí porta a fora, vi Fabinho saindo do elevador e me olhar assustado, fiz sinal desesperado pra ele dar um jeito de voltar, com certeza as meninas estavam com ele. Meio sem entender nada ele entrou no elevador de novo, que logo se fechou. Rapidamente fui até as escadas e subi correndo pro meu quarto.

DESTINO | Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora