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GABRIEL

Vitória embora cedo, e depois da nossa conversa ela agiu naturalmente coversando e rindo com todos, sem nem aparentar o problemão que enfrentávamos há dias. Já eu fiquei naquele after até quase oito da manhã do dia seguinte, bebi um pouco além da conta, ainda mais depois de ouvir Gerson comentar comigo o quão incrível Vitória era. Caralho, eu sabia disso, mas por todos esses dias queria me lembrar apenas da sua parte egoísta que fodeu nosso relacionamento.

Em vão, ao ouvir ele elogiá-la com tanta admiração eu só soube concordar e encher mais a cara para conter meu ciúmes. Mas agradeci por minha irmã estar ali, ela segurou a minha onda e ainda me fez chegar em casa sã e em segurança.

...

Depois de um bom banho peguei meu celular que chovia marcações. Essa quantidade só havia quando era algo fora do padrão, e realmente era. Uma postagem de Vitória que julgavam ser uma indireta.
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vitoriaribbeiro

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vitoriaribbeiro .

gabigol 😞
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A postagem não tinha legenda, e só que estava escrito nela por si só  dizia tudo. Lembrei-me então do que disse á ela: “Só continua com essa alegria que ta hoje”, com certeza era sobre isso sua postagem.

Tive de admitir. Ela tinha razão. Mesmo sorrindo por aí cada um de nós guardava algo pesado no coração. E saber que os tantos sorrisos dela ontem eram tão carregados quanto os meus me fez suspirar. Ela me fazia falta, e pelo o que acabo de ver, era recíproco. Curti sua postagem e comentei um emoji cabisbaixo mesmo sabendo toda a discussão que isso traria.

Larguei meu celular e fechei os olhos. O dia começava e eu iria dormir, como era de praxe. Mas meus pensamentos não permitiram e me levaram ao ciúme intenso que tive hoje, mesmo a gente não estando mais juntos. Ciúmes esse que tantas vezes fizeram eu e Vitória brigar, ciúmes esse que foi um dos fatores principais que nos levou ao término. Ciúmes esse que mesmo eu não admitindo, não era normal.

Céus, eu já havia ido parar no hospital com tanto ciúmes. E agora, separados, eu temia que ele piorasse, afinal, seria um ciúmes inútil que não frearia ela. Ela agora era uma mulher livre e eu não passava do pai de seus filhos. Pensar naquilo deu-me mais ciúmes ainda. Quando percebi fechava minhas mãos em punho.

Caramba, que merda é essa que estou pensando? Vitória não pertence mais á mim, eu nem deveria se quer me preocupar com isso! Mas caramba, não era qualquer mulher. Era Vitória ali.

Depois de minutos me martirizando, comecei me lembrar então de tantas brigas que tivemos por ciúmes meu.

“Você é doente! Vai se tratar”

DESTINO | Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora