DESTINO | Gabriel Barbosa

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Minha mãe havia me mandado uma mensagem dizendo ter ingressado no Instagram, até aí tudo bem, ela disse que viu a foto que Gabriel havia postado nossa e acabou se emocionando, foi procurar fotos daquela época e achou algumas, dentre elas uma minha com ele, ela tirou uma foto da foto em si e me enviou. Aquela imagem me arrepiou por completa, foi na noite que comecei a passar mal por conta da minha gravidez, os primeiros sintomas, lembrava-me daquele dia.

FLASHBACK ON

— Caramba, 250 pessoas. Lotou o ginásio, cara! — falava com os olhos brilhando, enquanto entrávamos na vã para voltar para Santos.

— Ta podendo! Vai dar certo, eu disse!

— O pessoal todo gostou. Foi massa! — meu sogro falou orgulhoso

— Valeu por ter organizado, cara. Ta caladinha, Vi, o que foi? — perguntou enquanto eu acariciava os cabelos de Dhiovanna que dormia com a cabeça em meu colo. Lindalva não veio.

— Acho que aquele lanche não me fez bem! — ri.

— Na fome que eu tava eu comi sem nem ver se tava bom ou ruim! — disse fazendo-nos todos rir — Gente, churrasco lá em casa amanhã pra comemorar, hein?!

— Cê vai, né?

— Se meu pai deixar.... Nem sei como ele me deixou viajar com vocês.

— Sua mãe deu uma mãozinha. Sem contar que a Dhiovanna quase chorou pra ele, né? — riu.

— Tenho certeza que quando eu chegar lá eles vão estar em quartos separados depois de uma briga! — suspirei e senti um forte enjôo.

Ele não disse nada, apenas sorriu compreensivo e fez carinho em meus cabelos. Valdemir estava com uma câmera digital á qual ele tinha tirado algumas fotos do “jogo”, Gabriel pediu pra ver e depois de vê-las virou a câmera ao contrário.

— Pra ficar marcado, amor! — ele apertou e o flash cegante veio até nós, a primeira foto ele saiu de olhos fechados e apagou imediatamente, mesmo que eu pedisse pra ele não apagar. Na segunda ele conseguiu cortar metade do rosto dele, e somente na terceira foto que ficou boa — Ficou linda demais!

— Você não queimou a câmera, Gabriel? — brincou rindo e veio outro mal estar, fechei os olhos e joguei a cabeça para trás.

— Coloca a Dhiovanna com a cabeça no meu colo, daqui a pouco cê acaba vomitando nela! — disse me fazendo rir e bater nele.

Estávamos tão felizes que mal imaginávamos que no dia seguinte Valdemir nos daria a noticia da ida deles, que de certa forma “destruiria” nossa felicidade.

FLASHBACK OFF

— Ta olhando esse celular com essa cara de tacho por quê? — perguntou com a boca cheia e eu acabei rindo. Levantei á cabeça e o encarei. Não mudou. Meu amor por ele é o mesmo de sete anos atrás, com a diferença de alguns infinitos a mais. Não mudou a forma dele brincalhão de sempre me fazer rir. Não mudou o nosso querer o bem do outro. Nada mudou. É ainda ele que me faz sentir as famosas “borboletas no estômago”, me faz sentir eu mesma, sem medo de ser feliz, por que no fundo eu sei, ele faz parte da minha felicidade — Que foi, amor, sujei? — disse olhando á si mesmo e eu ri negando.