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Um mês depois...

Um mês havia se passado e só agora nossa entrevista tinha ido ao ar. Gabriel era taxado como o cara mais apaixonado da atualidade após sua declaração, que com sua voz falando ao fundo e dezenas de fotos nossas desde a adolescência passando em forma de slide foi ao ar da forma mais romântica possível.

Voltei pro Rio, e Gabriel já tinha data marcada para voltar aos campos. Meu escritório se inauguraria na próxima semana, e eu e Gabriel travávamos um bela discussão para definirmos a data do casamento.

— Gabriel, eu não quero casar gorda!

Não é gorda, é grávida!

— Não importa, eu não quero!

Então a gente casa antes da sua barriga crescer mais!

— Ta louco? Ninguém nem sabe que estamos noivos! Ia ser loucura.

Nós dois não somos normais mesmo! — riu.

— Não me faz rir, eu tô brava! — ouvi sua risada ao fundo — Vamos, me entende, por favor! Esse é o sonho de toda mulher, quero estar linda de noiva!

Linda e grávida. Beleza em dose dupla! Qual o problema?!

— Gabriel, não!

Vi... — suspirou — Não me faz esperar mais! — disse impaciente.

— Qual vai ser a diferença? A gente vai estar junto do mesmo jeito!

Você não me entende, né?

— Você quem não me entende! Eu já não aceitei seu pedido? O que custa esperar?

Vitória, até a Nic nascer, você acabar o resguardo, ela ficar maiorzinha... Eu quero casar, caramba!

— A gente não precisa esperar ela crescer. Só eu entrar em forma de novo. — murmurei.

E se demorar?

— Gabriel... — grunhi.

Eu não vou desistir, Vitória!

— Nem eu.

Você é muito teimosa, pô! — bufou. Fiquei em silêncio esperando que ele mudasse de ideia, o que não aconteceu. Bufei também e podia o ver segurando o riso do outra lado da linha — Cadê o Eduardo?

— Ta na escola. E para de induzir ele á me insistir em casar logo!

Eu não tô induzindo nada. Ele que concorda comigo!

— Claro, você fica chantageando o garoto!

Eu? — perguntou cínico .

— Sim, você! Prometendo que só vai morar com a gente depois de casados. — revirei os olhos.

Claro. Sou homem de família! — riu.

— Vai achando. Não vou ficar de resguardo sozinha, não. Você vai morar aqui assim que eu entrar no nono mês.

Só depois de casados, bebê!

— Não fiz filho sozinha.

Não te pedi em casamento pra você me enrolar!

— Grosso!

E grande também. — riu safado.

— Eu vou desligar.

Vai jantar com a Dhiovanna e a maluca da Luiza hoje? — riu.

— Ela não é maluca. É a melhor amiga da sua irmã. Devia ficar feliz por isso.

DESTINO | Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora