— A Dhiovanna ta demorando. Eu tenho que ir. A equipe toda já tá até pronta. — olhou-me como se pedisse desculpas.
— Tudo bem, eu digo pro Eduardo que você o esperou mas não deu tempo. — sorri de canto.
— Eu te ligo quando chegar. — beijou o canto da minha boca.
— Vai com Deus!
— Fica com Ele. — sorriu pra mim.
GABRIEL
Tive um início de tarde maravilhoso, além de ter feito as pazes com a Vitória, ainda fizemos amor. Esperei por Dhiovanna trazer o Dudu para despedir-me dele, afinal, agora tinha jogo e depois um tempo pelo Nordeste, seria complicado vê-lo. Ainda ligamos pra minha irmã, queria muito despedir-me do meu filho, mas segundo ela estavam presos no trânsito, o que não é coisa difícil de se acontecer em São Paulo.
Meu tempo acabou, tinha que seguir para o aero, despedi da minha morena e coloquei minha mala no carro, passaria em casa para meu pai seguir comigo até o aero e depois voltar com meu carro. Quando eu abri a porta para enfim entrar no carro, uma voz dizendo algo que acelerou meu coração fez-me parar instantaneamente, o coração na boca, uma vontade louca de correr.
A minha vontade era de correr para os braços daquele que com apenas duas palavras fizeram de mim o homem mais feliz do mundo.
— Pai, espera! — essas duas palavras eufóricas se repetiam em minha mente, não foi preciso eu correr até ele, meu pequeno foi quem correu até mim abraçando-me da forma mais gostosa do mundo. O peguei no colo fechando os olhos após ver o modo torto que Dhiovanna estacionou cantando pneu — Amo você, pai! Boa viagem! — disse ainda abraçado a mim. Abri o sorriso mais sincero da minha vida. Esperei desde o momento que soube da minha paternidade por essas palavras.
— Eu também amo você! — beijei o topo de sua cabeça — Cuida da sua mãe por nós, viu? — sussurrei em seu ouvido e ele assentiu.
— Sempre cuidei! — riu e eu fiz o mesmo.
— Bi, não é querendo atrapalhar esse momento lindo, mas acho que o Fabinho deve estar louco! — disse sem graça, eu ri e coloquei Eduardo no chão.
— Não chora. Você volta logo! — sorriu com a mão em minha barba, só aí me dei conta que a emoção foi tanta que até chorei.
— Não vou chorar. — sorri — Se cuida, tá? Como você disse, eu volto logo! — beijei sua bochecha.
Ergui meu olhar e vi que Vitória assim como eu estava emocionada, ele correu pra mãe e rapidamente eu abracei minha irmã. Ter vindo pra São Paulo logo após o término do jogo foi sem sombra dúvida uma das melhores coisas que fiz. Eu partiria agora com o coração tranquilo, em paz. Com a certeza de que quando eu voltar, diferente de todas as outra vezes, terá duas pessoas aguardando por mim com um amor que eu jamais senti antes.
VITÓRIA
— É... quer entrar? — ofereci a Dhiovanna, após vermos o carro de Gabriel sumir de nossa visão.
— Posso? Preciso demais ir ao banheiro! — disse, sem graça.
— Vem tia, eu te levo até lá! — pegou na mão dela — Já te contei que essa casa é incrível? Eu nunca morei em uma casa tão bonita!
Ele tagarelava entrando em casa com a tia, vi ela olhar aos arredores e ficar surpresa, realmente a casa era de muito bom gosto. Ainda não tive tempo de deixar tudo do meu jeitinho, ou de colocar um pouco meu e do meu filho em cada comodo, mas mesmo assim a casa era extremamente linda e confortável.
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DESTINO | Gabriel Barbosa
FanfictionClassificação +16 (pode conter gatilhos específicos) | Todos os direitos reservados. Anos separados, um segredo, mudança drástica para ambos e um sentimento forte demais para serem capazes de lidar com tão pouco tempo.