Uma semana e meia se passou desde que fiz meu jogo de volta. Voltei a minha rotina gradativamente, uma vez que ainda precisava de alguns cuidados médicos. Todos, sem exceção foram perto do Rio, de modo que sempre que acabava eu voltava para casa.
Mas tudo fez parte de um pedido meu, em três dias a maior loucura da minha vida aconteceria. Vitória não sabia que eu voltava sempre pra casa, e por isso estava ansiosa uma semana e meia depois quando finalmente eu contei que iria estava no Rio. Assim que ela abriu a porta de casa pra mim, não tive tempo de ver nada, ela praticamente pulou em cima de mim.
— Isso tudo é saudades? — perguntei rindo enquanto eu entrava na sala com ela ainda grudada em mim.
— É. Você não estava? — perguntou bicuda.
— Claro que estava, meu bem! — abaixei meu olhar para a sua barriga, cada vez maior. Ela estava com um shortinho curto e um corpped, extremamente a vontade e descalça — Não foi trabalhar hoje? — perguntei me jogando no sofá junto com ela.
— Fui só assinar uns projetos. Minhas costas estão ardendo. Esqueci de como a gravidez judia com o corpo! — fez careta colocando as pernas em meu colo — Como foram os jogos?
Apesar de já ter lhe contado exatamente tudo por WhatsApp, lhe contei cada detalhe novamente enquanto ela me olhava com atenção. Vi seu pézinho inchado em minha coxa e comecei a massagea-lo vendo ela relaxar.
Eduardo estava na escola, então era só eu e ela naquela casa imensa.
— O escritório disse que tem uma galera disputando a mobília do quarto da Nic. Já recebemos algumas coisas, estão tudo por lá, vou pedir meu pai pra trazer.
— Queria móveis planejados. Tudo do nosso jeitinho, sabe?
— Tem vários catalagos lá pra gente escolher. Quer fazer isso hoje? — Vitória assentiu antes de tirar as penas do meu colo e colocar a cabeça — Cê ta carente demais hoje, vida. — brinquei rindo.
— Desacostumei a ficar longe de você. — fez bico deitando-se de barriga para cima para encará-la.
— Casa comigo e eu venho morar aqui!
Vitória fez uma careta e eu ri, mexendo em seus cabelos.
— Não é questão disso. Você sempre vem pra cá nas suas folgas mesmo. — deu de ombros.
— Olha que faço birra! — ameacei rindo.
— Hoje é sua folga, e olha onde está. — desafiou.
— Mas tenho mais três dias de folga e vou dormir na minha casa! — sorri cínico.
— A moça da história sou eu, sabia? — olhou-me brava. Ri negando e abaixei-me, roubando um beijo molhado dela. Quando ele por fim começou a tomar forma, meu celular começou a tocar no bolso da calça. Vitória grunhiu manhosa e eu ri antes de atender Arrascaeta. Ele estava me ajudando na minha surpresa, e por isso praticamente falei em códigos com ele. Vitória foi pra cozinha e por fim encerrei a ligação com o meu amigo que estava com alguns problemas em resolver um pedido meu. Fui para a cozinha onde encontrei ela tirando um pudim da geladeira, fiquei com água na boca, mas eu tinha que sair para ver se conseguia auxiliar Arrasca — Fiz pra você! — contou sorrindo quando colocou um pedaço em um pratinho pra mim.
— Parece tá maravilhoso, meu amor, mas vou ter que sair agora.
— Agora?
— É. Uns problemas no escritório. Volto logo. — menti me aproximando para beijar sua testa.
— Não vai nem experimentar?
— Não dá tempo, meu bem. — falei apenas passando o dedo sobre a calda — Mais tarde eu volto! — prometi saindo da cozinha. Ela tinha uma expressão de decepção que quase me fez voltar.
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DESTINO | Gabriel Barbosa
FanfictionClassificação +16 (pode conter gatilhos específicos) | Todos os direitos reservados. Anos separados, um segredo, mudança drástica para ambos e um sentimento forte demais para serem capazes de lidar com tão pouco tempo.