10

3.9K 163 35
                                    

Para dúvidas ou sugestões, @d0nzelawttpd no Instagram!

GABRIEL

Fiquei sem saber o que responder. Era verdade, no fundo eu á amava, mas não tinha á perdoado, ainda estava magoado, sentia um pouco de raiva. Mas reconhecia que não daria conta de ficar sem ela e sabia que caso eu a magoasse outra vez, ainda mais depois do que acabamos de fazer, nossa situação ficaria complicada. Vi seu semblante entristecer após uns segundos sem resposta. Então tratei logo de agir, acariciei seu rosto e lhe dei um selinho carinhoso.

— Vamos deixar as coisas acontecerem, tá?

Ela assentiu sem jeito e eu á fiz deitar em meu peito novamente. Vi que ela ficou pensativa, tentei demonstrar carinho lhe fazendo um cafuné. Em segundos senti sua respiração pesada e quente, ela havia dormido enquanto eu se quer conseguia sentir sono. Minha cabeça e coração fervilhava. Era verdade o que cantei.

Cada verso da música se encaixava com o que eu sentia. Mas também era verdade que ainda havia um ressentimento, um rancor, e acho que isso pode atrapalhar muito o que há entre a gente, se é que haverá, não sei se essa parte rancorosa de mim permitirá isso acontecer.

Á olhei dormir em meu peito. Tão linda, tão serena, tão minha! Eu a amo. Não suportaria a ver com outro cara, mas não á perdoarei nunca por ter escondido um filho meu. Em meio a tantos pensamentos, peguei no sono sem ver. Por incrível que pareça de forma tranquila, como a muito tempo não dormia. Com a mulher que eu amo em meus braços.

VITÓRIA

Acordei com a claridade e barulhos no quarto, abri os olhos preguiçosamente e vi Gabriel sem camisa, abotoando sua calça jeans de forma apressada.

— Temos trabalho agora? — sentei na cama levando o edredom comigo para tampar meus seios.

-— Não, vou sair com os meninos. — veio até mim rápido, segurou meu rosto e selou meus lábios — A Jéssica bateu aqui, disse pra quando acordar você á procurar. — vestiu sua blusa e pegou uma jaqueta apressado — Beijo, morena. — veio até mim, beijou meu pescoço rápido e saiu do quarto.

Ele estava tão apressado que se quer falou onde iria, estranhei, porém certamente era algo com Fabinho. Tomei um banho ainda no quarto dele e lembrei da sua resposta de ontem. Suspirei, mas ao menos não foi tão ruim quanto imaginei.

Vesti uma cueca dele, uma blusa de frio por cima, peguei seu chinelo e fui pro meu quarto, lá vesti uma roupa descente indo atrás da minha amiga que estava com Clara na área de lazer do hotel, que era linda por sinal.

— E ai, como conseguiu cuidar do Gabriel? Meu Deus, nunca o vi tão bêbado! — riu — Os meninos ainda bem que entraram em seus quartos e se aquietaram, já o Gabi deve ter dado o maior trabalho. No mínimo vomitou horrores!

— Aquele lá tem o fígado de ferro! — sorri, sem graça — Mas que horas vamos pra feira? Hoje tem nova exposição, quero ver uns modelos de parede mais em conta e que não agridem tanto o ambiente. — mudei de assunto.

— Quando os meninos chegarem. Saíram os três de fininho, o Fabinho disse que quando chegar procura a gente para irmos... — deu de ombros — Mas e aí, o que acharam das coisas de ontem?

Começamos a conversar, ter idéias e a trabalhar, Jéssica me olhava desconfiada, certamente me bombardearia de perguntas mais tarde. Depois de resolver as coisas necessárias ficamos rindo e conversando, peguei meu celular na iniciativa de saber sobre meu filho, mas antes Jéssica começou a falar indignada.

DESTINO | Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora