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Vi que ela ficou surpresa, respirou fundo, colocou sua franja atrás da orelha e olhou-me nos olhos.

— Um tempo depois da nossa primeira vez eu comecei a sentir alguns sintomas de gravidez, fiquei com medo e minha mãe me fez fazer o exame. Assim que peguei o resultado em mãos você me mandou uma mensagem eufórico falando que haviam fechado um contrato. Você antes mesmo de fecharem o contrato só sabia falar disso, você se lembra, estava feliz. Quando fechou então, nem se fala! Eu sabia que se eu te contasse sobre a suspeita da gravidez e depois da certeza você ficaria. Sabia que seu pai não aceitaria você correr atrás de um futuro tão incerto comigo grávida. E eu sabia que aquilo era seu sonho, ele estava nas minhas mãos, Gabriel. Eu não me vi no direito de interromper ele justo quando as coisas iam bem! Eu sempre soube que você seria o grande jogador que é hoje, e que aquela era a sua oportunidade. Com um filho talvez as coisas não tomassem o mesmo rumo! Foi errado? Foi! Mas foi pensando em ti, foi pensando na felicidade tão grande que você tava naqueles dias. Desde quando te conheci você sempre sonhou com isso, Gabriel, não seria eu quem estragaria teu sonho! — ela tinha os olhos marejados e eu também. Tudo bem, foi um esforço da parte dela, uma coisa bonita, mas eu ainda não concordava. Ela me privou de parte da vida do meu filho.

— Acima de tudo meu sonho foi ter uma família. Poxa, eu queria ter visto os primeiros passinhos, a primeira palavrinha, primeiro dia de aula. Queria que ele me chamasse de pai por amor, não por que do nada apareci na vida dele! Queria ter sido o herói dele nesses sete anos.

— Eu sei, perdão! Mas olha quem você é hoje! Olha onde você tá! Não se trata apenas de ser um jogador famoso. Se trata que você é a alegria e a cura de tanta gente, é a felicidade de tantas pessoas, é a luz no caminho de crianças... Você veio ao mundo pra isso, Bi. — disse, um sorriso se formou ao ouvir aquele apelido que surgiu por causa dela — Eu sinto que fiz a minha parte e não me arrependo. Posso ter errado, mas pode ser pelo meu erro que hoje milhares de pessoas são felizes apenas em te ver! Mesmo que pra isso eu tenha tido que te omitir algo, mas hoje temos a chance de recuperar tudo isso. Mesmo que você não queria recuperar nossa relação, o Eduardo você já tem ele, antes mesmo dele saber que você era o pai dele, ele já te amava. Foi um erro mas que agora pode ser concertado!

— Se eu tô aqui, é por que não quero o amor apenas do Eduardo, não acha? — ergui a sobrancelha pra ela que ficou vermelhinha. Conversamos mais um pouco sobre outros assuntos, vi que aos poucos ia ficando frio, fizemos nosso pedido de jantar, aliás, ela fez. Pedi para que ela se sentasse ao meu lado ao invés de sentar frente á mim, ela aceitou e logo passei meu braço pelo seus ombros á abraçando. Sua mão foi parar no meio de minhas coxas, ri safado e ela riu mandando eu largar de pensar besteira e que queria apenas aquecer suas mãos — Tem que parar de usas essas roupas assim. Deixa a gente apaixonado, sabia?

— Essa é a intenção. — piscou e eu sorri, segurei seu queixo e com delicadeza puxei seu rosto pra mim á beijando com carinho, ternura. Já estava com saudades daquela boca na minha. Tivemos que interromper nosso beijo já que o garçom fez um barulho sem graça com a garganta. Ri e vi ele nos servir sem graça. Jantamos em clima de romance e sorrisos, alguns beijos roubados e carinhos. Voltamos para o hotel, o clima estava frio. Vitória tava toda encolhida, enquanto a enchia de beijos no elevador a convenci de dormir no meu quarto. Lhe emprestei uma calça minha de moletom e uma blusa de frio também, ela dizia estar parecendo uma mendiga o que me fez rir. Enquanto eu escovava os dentes ela já tava toda embrulhada na cama. Terminei minhas higienes, apaguei a luz e deitei-me de frente á ela, a abraçando pela cintura. Suas mãos foram para meu pescoço e sua boca timidamente procurou a minha — Promete que amanhã não vai estragar tudo? — sussurrou, ao fim do beijo.

DESTINO | Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora