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Estava cansada e acabei deixando Gabriel e me deitei na cama dele. Não havia trago roupa então tirei a calça jeans que usava e fiquei apenas com a minha blusa. Me cobri com medo de alguém abrir a porta já que eu não trancaria pelo fato de Gabi não ter vindo deitar ainda; e em poucos minutos adormeci.

Estava de bruços quando senti um peso sobre mim e um beijo no meu pescoço, sabia que era ele e apenas continuei quieta sentindo seu carinho. Gabriel parou de beijar meu pescoço e passou a chupar me fazendo sorrir, sabia o que ele queria, mas estava com sono demais para isso.

— Hoje não, amor.

— Hoje sim. — falou em tom pindonho enquanto apertava minha cintura me arrepiando mais ainda com seus beijos em meu pescoço—

— Tô cansada, meu bem.

— Jura? — falou desanimado e eu assenti, Gabriel saiu de cima de mim e se deitou direito na cama, ainda de bruços me virei pra ele que encarava o teto e com muita preguiça ergui meu tronco beijando o canto de sua boca.

— Boa noite.

— Boa noite. — selou meus lábios e antes que ele prolongasse o ato deixei meu corpo cair sobre a cama voltando a ficar de bruços e com a cabeça virada para o outro lado. Por ter a certeza que a porta estava trancada - já que ele nunca dormia sem trancá-la -, me descobri e dobrei uma das pernas ficando na minha posição predileta para dormir. Ouvi-o suspirar e pousar sua mão em minha bunda tempos depois — Fala que hoje não, mas faz isso... Assim fica difícil, meu pai! — murmurou quase inaudível, acabei rindo — Não era pra ouvir, mas já que ouviu, assim cê me complica, né?

— Dorme, amor, dorme! — sorri.

— Tô tentando, tô tentando! — ri negando e fechei meus olhos outra vez, a mão dele acariciava minha nádega e não adiantaria nada pedir pra parar, acabei outra vez pegando no sono, o que pareceu não demorar muito já que acordei ouvindo a voz de Gabriel quando ainda estava escuro — Assim não, Vitória! — dizia com a voz estranha.

— Assim como? — questionei sem entender, ele estava agarrado á mim em uma perfeita conchinha e ainda excitado.

— Ó, não mexe, se não dói mais! Fica quietinha, amor! Isso... Nossa! Puta que pariu! — suspirou e assustei quando ele deu um meio gemido.

Me virei pra ele e constatei minha dúvida: Gabriel conversava dormindo me arrancando um riso, e ainda sonhava com besteiras. Estávamos cobertos e curiosa olhei embaixo do edredom vendo o quão duro ele aparentava estar.

— Amor. — o chamei baixinho e não obtive reposta — Amor. — beijei o canto da boca dele e joguei minha perna em cima do seu corpo o chamando outra vez.

— Hum? — falou sonolento.

— Acorda, meu bem. — selei nossos lábios e sua mão de forma preguiçosa abraçou-me pela cintura enquanto seus olhos continuavam fechados.

— Espera, eu tô quase! — falou ainda em seu sonho e eu ri.

— Gabriel! — o chamei agora mais alto e firme o vendo abrir os olhos assustado. Piscou diversas vezes e olhou em baixo do edredom.

— O que foi? — por fim perguntou ainda olhando nossas pernas entrelaçadas e eu parcialmente em cima dele.

— Eu que te pergunto o que foi! — ri dele que passou a mão no rosto fechando os olhos.

— Era só sonho? — perguntou desanimado tampando o rosto.

— Pelo seu estado, sim! — ri.

— Tava tão real... — abriu os olhos pensativo — Cê tinha liberado, pô! — riu safado e eu belisquei sua barriga nua.

DESTINO | Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora