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Anos separados, um segredo, mudança drástica para ambos e um sentimento forte demais para serem capazes de lidar com tão pouco tempo.
Dhiovanna estava demorando a chegar e eu começava a me preocupar com elas. E principalmente, se eu fiz o certo em deixar Vitória ir.
— Ela não tem que ficar aqui presa á você. E se ela passar mal? Ela já perdeu um neném. Tem que ir pra onde tenha recursos próximo.
As palavras da minha mãe não saíam da minha cabeça, e de repente me dei conta do quão Vitória poderia estar pensando errado sobre o motivo da minha atitude. Se eu falasse o real motivo á qual queria que ela fosse embora, com toda certeza ela não iria. ______________________________________ gabigol
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gabigol Minha flor mais linda! Cuida tão bem de mim que é até difícil deixar ela ir. Mas é necessário. É momento de não pensar apenas em mim. Tem outro ser sendo gerado dentro dela. Metades nossas em uma só. Não tive a oportunidade de fazer a coisa certa durante o tempo em que ela esperava nosso Eduardo, mas agora eu tenho isso em minhas mãos. Estou afastado da correria da cidade, distante de qualquer recurso próximo para que minha recuperação seja feita em completa calmaria. Mas em contrapartida há uma mãe que precisa de cuidados para que danos que já ocorreram não se repitam novamente. Deixá-la ir, - ou melhor, fazer com que ela vá – foi uma das minhas maiores provas de amor. Não por deixa-la “solta”, e sim por deixa-la ir levando metade do meu coração.
É esse o dever de qualquer Pai, namorado/noivo/esposo ou amigo. Colocar sempre a pessoa á frente até de si. Amo vocês, minhas princesas. Já estou morrendo de saudades. ______________________________________
Publiquei a foto á marcando e fiquei observando todos os comentários. No início, a maioria a odiava, agora, de todas as relações que já tive, ela era a mais querida por minhas fãs.
4 dias depois...
— Você não quer conversar?
— Não. — falei impaciente.
— Ver um filme?
— Não, Camila! — suspirei.
— Nossa, você era muito mais acessível com a Vitória aqui! — bufou se levantando.
Revirei os olhos e olhei meu relógio de pulso pela milésima vez. Estava esperando meu pai. Estava na chácara ainda. Mesmo que desde o dia que ela se foi, minha vontade seja ter ido também.
Quatro dias podem parecerem simples. Mas não quando você é a pessoa mais entediada da face da terra.
— A mamãe ligou! Ela tá esperando a gente.
— Como ela tá?
— Bem. E fez mil e uma perguntas sobre o senhor. Até parece que não passaram a madrugada conversando. — revirou os olhos e eu ri.
