DESTINO | Gabriel Barbosa

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VITÓRIA

A balada estava lotada, e por coincidência encontramos alguns amigos de Gabriel por lá. Fabinho também chegou quase que junto conosco e parecia todo retraído por estar em uma balada sem a namorada.

— Qual é a de vocês dois? — perguntou observando Gabriel que nos encarava ao longe enquanto bebia algo escuro.

— Ele não quer voltar.

— Como assim não quer voltar? Ele é louco por você! — disse espantado.

— Ele quer um tempo. Disse que ainda não se perdoou pelo o que fez. — suspirei.

— É complicado. Mas e você?

— Tenho que aceitar, fazer o quê! — suspirei — Mas não vou facilitar pra ele!

Ele riu negando.

— Não quero me meter, mas ele tá fazendo isso por vocês dois. Por que não colabora? Ele vai voltar pra você, pode ter certeza. Dá tempo ao tempo, Vi. Gabriel não ia ficar separado de ti se realmente não necessitasse. Vocês são dois adultos, é necessário levar o relacionamento de vocês, seja qual for, á esse padrão! — parei e analisei suas palavras por alguns segundos. Ele tinha razão. Ele via tudo de fora e sua visão era muito mais ampla. Eu não poderia agir como uma adolescente mimada enquanto Gabriel necessitava de um tempo para fazer algo por nós. Eu precisava confiar. Confiar mais nele, em nós, no nosso amor — Ele não para de te olhar. — riu — Ó vamos mudar de assunto e curtir, viemos fazer isso, não é? — riu pegando minha mão e me levando para mais perto de onde as pessoas dançavam.

Dancei algumas boas músicas com ele. Gabriel sempre que eu o olhava estava no mesmo canto conversando com um conhecido. Meus pés como de costume começaram a inchar. Aquele salto me matava e logo deixei Fabinho sozinho e fui me sentar um pouco.

Levantei-me para ir ao banheiro retocar minha sobrancelha, quando fui parada por alguém.

— Oi, jóia? Desculpa incomodar, mas você é a Vitória Ribeiro?

Encarei a moça a minha frente um pouco surpresa, sempre quando me paravam era por estar ao lado de Gabriel, e dessa vez, bom, ele estava um pouco distante de onde eu estava.

— Prazer. Sou sim! — sorri tentando ser o mais simpática possível.

— A gente pode tirar uma foto? Amei aquela matéria sobre você! Me identifiquei tanto. — enquanto falava a moça de cabelos ruivos já foi logo posicionando sua câmera frontal pra gente, sem nem me dar espaço de saber sobre o que exatamente ela estava falando — Obrigado! Você é mais linda ainda pessoalmente.

— Eu que agradeço. — sorri surpresa a vendo se afastar tão rápido quanto se aproximou.

Parei por alguns segundos para tentar me lembrar de qual matéria ela poderia estar se referindo. Sem sucesso, ainda pensativa fui ao banheiro onde retoquei minha maquiagem rapidamente.

— Quem era a moça contigo? — perguntou atrás de mim. Levei o maior susto e me virei batendo em seu ombro após tirar a mão do coração.

— Que eu tava tirando foto?

— É. — respondeu oferecendo-me uma água com gás. Ele parecia adivinhar o tamanho da minha sede.

— Não faço idéia! — ri levando a garrafinha a boca.

— Oi, licença. Você é a modelo daquela marca de langerie, não é?

Virei-me para a voz atrás de mim e me deparei com um homem por volta dos seus 25 anos. Era lindo, confesso!