Por volta das 18h, quando eu tomava um sol com a minha irmã meu celular tocou, era Vitória. Suspirei e fui para cozinha atender.
— Oi? — disse tentando soar o mais seco possível.
— Oi, Bi. Tudo bem? Mais calmo? — deu uma risadinha no final que no mesmo instante que me deu vontade de enforcar ela, deu-me vontade de enchê-la de beijos.
— Eu preciso conversar com você. Dá pra você vir pro Rio? E não dá pra você ficar fugindo dos seus problemas aí também. O Eduardo estuda...
— Tá tudo resolvido na escola dele. — interroumpeu-me — E eu vou sim pro Rio, no fim do mês. Tenho compromisso aí! — suspirou, conti-me a perguntar que tipo de compromisso.
— Não dá pra esperar o fim do mês. Você vem ou não?
— Gabriel...
— Vem ou não? — á interrompi e á ouvi suspirar — Vou estar em casa até depois de amanhã á tarde. Você que sabe. Manda um beijo pro Eduardo. Tchau!
Encerrei a ligação e fiquei olhando a sua foto em minha tela de bloqueio. Como essa mulher conseguia despertar meu amor e ódio ao mesmo tempo. Eu juro que o que eu mais quero nessa vida é ficar ao lado dela, mas parece que tudo conspira contra, e eu não sou tão forte assim quando se trata dela, o meu ponto fraco.
VITÓRIA
Percebi Gabriel seco e distante ao telefone. Ele queria falar comigo e a minha curiosidade em saber qual era o assunto era muito. O chamei no WhatsApp pela noite tentando descobrir mas ele foi seco. No fundo eu já imaginava o que seria.
No dia seguinte pela manhã eu tiraria minha botinha, e decidi fazer um "bate volta" apenas pra conversar com ele. Não ficaria no Rio, muito menos passaria a noite ali, se quer levaria Eduardo que ficou contente em saber que passaria o dia com a minha mãe.
...
No dia seguinte pela manhã, assim que tirei minha botinha meu pai me deixou no aeroporto, cheguei no Rio sem avisar ninguém, era por volta das 11h. Peguei um Uber e fui pra casa onde tomei um banho relaxante me arrumando para conversar com Gabriel.
Pedi um barco com as coisas que ele mais gostava e lhe mandei uma mensagem perguntando onde ele estava. Ele visualizou assim que mandei, porém só me respondeu quase vinte minutos depois dizendo que acabara de chegar em casa e perguntando o motivo da minha pergunta. Só o respondi com um "Tô aqui em casa pra gente conversar." e instantaneamente recebi a resposta de que em 5 minutos ele estaria aqui.
Ele chegou antes mesmo da nossa comida, abri a porta pra ele que foi direto percebendo que eu estava sem a minha botinha.
— Tirou quando? — perguntou quando eu fechava a porta.
— Hoje de manhã. — sentei-me ao lado dele no sofá.
— Aqui? Podia me avisar, eu te buscava no aeroporto.
— Não, tirei lá em Santos. E não havia necessidade de me buscar, peguei um Uber mesmo. — ele assentiu firmando os cotovelos no joelho — Já almoçou? — perguntei curiosa e ele negou.
— Não, tava no Papato, iria almoçar agora.
— Pedi um barco pra gente. — ele assentiu novamente e ficamos em silêncio.
Coloquei minhas duas pernas no sofá sentando como uma índiazinha e coloquei a almofada em meu colo já que eu estava de saia jeans.
— Quem te chamou pra fazer aquelas fotos? — foi rápido, suspirei e o olhei nos olhos.
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DESTINO | Gabriel Barbosa
FanfictionClassificação +16 (pode conter gatilhos específicos) | Todos os direitos reservados. Anos separados, um segredo, mudança drástica para ambos e um sentimento forte demais para serem capazes de lidar com tão pouco tempo.