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Acordamos depois e decidimos tomar um banho juntos de novo, Gabriel foi pro box e já cantava ligando o chuveiro enquanto eu tentava ajeitar meu cabelo todo embaraçado, ele olhou-me e mordeu os lábios, ainda estava nua e ri dele, vi seu olhar seguir para baixo, eu estava de lado ele franziu o cenho e sorriu mais safado, achei que ele olhava minha bunda, também segui o olhar dele e ele voltou a cantar, assustei-me ao ver em minha cintura a marca quase roxa de seus dedos.

— Seu filho da mãe! Olha isso! — mostrei pra ele que se virou pra mim.

— Eu vi! — riu — Gostosa. — mordeu os lábios e eu o olhei brava, afastei-me do espelho vendo assim mais partes do meu corpo que estava cheio de manchas dele. Principalmente no pescoço e seios — Isso por que nem tivemos preliminar, mano. — riu achando graça.

— Tem noção do quanto isso é vulgar? E feio? — falei indignada, ele gargalhou e veio até mim molhado.

— Só vão achar que tivemos uma boa noite e que eu fodo pra caralho! — riu me arrastando pra dentro do box, agora me molhando também enquanto abraçava-me pela cintura — Aliás, não vão achar nada! Minhas marcas estão em lugares que só eu posso ver! — disse passando a mão por minha coxa e subindo pelo meu corpo por onde elas estavam.

— Você é um grosso! — reclamei fazendo bico.

— Grande também! — riu e mordeu meu bico — Se você quiser dou beijo em cada marca dessa, pô! — sussurrou safado em meu ouvido e eu ri, á água que caía entre nós fazia seus cabelos grudarem em nossas testas.

— Palhaço! — ri.

— Que te ama! — mordeu minha bochecha — Vamos fazer amor direito agora, com preliminar e muito amor! — disse começando a beijar meu pescoço, ri dele e aos poucos fomos construindo aquele clima. Como era bom ser amada por ele, melhor ainda era olhar em seus olhos e ver nele a intensidade recíproca do nosso amor. Eu não saberia mais viver sem ele, aliás, nem sei como sobrevivi sem seus beijos, carinhos e brincadeiras por sete anos. Ele era o homem que eu amava, o pai do meu filho e se depender de mim meu marido e pai de quantos outros filhos desejávamos ter.

...

E o Dudu, como tá? O que tá achando disso tudo? — fiquei longos minutos conversando com meu pai sobre meu filho, e ele não escondia a saudade e o ciúmes que estava da família de Gabriel, o que me fazia rir, até uma certa "novidade" vinda dele quebrar meu sorriso — Eu tô namorando... — disse receoso, se eu tivesse qualquer coisa na garganta engasgaria naquele momento.

— Tá o quê? — questionei sem acreditar.

Namorando, ué. Não sou tão velho e feio assim. Ainda dou um bom caldo! — riu.

— Não, claro, eu sei, mas é que... — fechei os olhos tentando me controlar, eu tinha um ciúmes imenso do meu pai, ele por todos os momentos da minha vida foi mais que um pai pra mim, e apesar de só querer o bem pra ele, me incomodava o fato de que agora ele teria outra mulher além de mim para se "preocupar".

— Tá com ciúme? — riu.

— Não! — menti — Quem é a coroa? Conheço?

Olha o respeito, garota. — riu fazendo graça — E não é coroa, tem idade pra ser tua irmã.

— Você só pode estar de brincadeira! O senhor não tem mais idade nem pique pra uma novinha. Ainda vai querer seguir o ritmo dessa daí e vai dar um infarto, a culpa vai ser dela! — falei irritada e ouvi sua risada ao fundo.

Calma, eu tava brincando. Ela é só dois anos mais nova que eu. E fica tranquila, o pai da relação sou eu e não você. — riu.

Meu pai até que tentou me mimar nos outros quase vinte minutos de ligação, o que adiantou pouca coisa, ainda estava com ciúmes do meu pai, e investiguei ao máximo a vida da minha nova "madrasta". Ela se chama Paloma, tem 43 e é a dona de uma das boutiques do centro de Santos. Meu pai em relação á isso sempre fora muito reservado, e isso foi o máximo que arranquei dele, além dela ter um filho que segundo ele não se lembrava a idade, mas era poucos anos mais velho que eu.

DESTINO | Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora