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- É que... A Rafaella vai vir pra festa amanhã...

- Essa festa é só pros seus amigos e convidados, ela é sua convidada? - cruzei os braços erguendo a sobrancelha.

- Não...

- Olha, nunca tocamos em assunto de ex sua, não sei nada sobre ela, muito menos a índole, sei apenas o nome e já não me agrada por sempre ates de ser citado o nome dela vir acompanhado de um ex e seu nome também, então o negócio é o seguinte, você convidou? Beleza, sou uma pessoa extremamente civilizada com quem não mexe com o que é meu, porque se for pra descer no nível eu sei muito bem também. - interrompi-o séria e virei as costas andando rápido antes que ele me puxasse.

Curti o resto da noite normalmente, não falei mais com Gabriel depois disso mas percebia ele me olhar atento e confuso. O churrasco encerrou cedo, afinal, amanhã estávamos de certa forma todos envolvidos na casa. Eduardo acabou dormindo quando a casa ainda estava cheia e foi colocado no quarto do pai.

- Valdemir, o Gabriel tá no banheiro, o senhor me leva em casa fazendo um favor? - perguntei após o ajudar a juntar um pouco da bagunça.

- Não vai dormir aqui, Vitorinha?

- Não, hoje não. - sorri sem graça.

- Dorme! Gabriel vai estar ansioso, com insônia. Você consegue acalmar ele e ainda fazê-lo dormir. - disse me deixando completamente tímida.

- O que tem eu? - apareceu do nada e levei um susto fazendo meu sogro rir.

- Você também quer que a Vi fique, né? Já somos dois contra um, vencemos, hoje você dorme aqui, boa noite e juízo vocês dois!

Valdemir virou-se rindo e sorri negando. Tão esperto quanto o filho.

- Você ia embora? - perguntou segurando meu pulso com delicadeza, fazendo-me virar pra ele.

- Queria... - fiz bico e ele passou a mão por minha cintura.

- Pô, só pelo que te contei sobre amanhã? - acariciou meu rosto.

- Não. Depois falamos disso, não vou brigar contigo por algo que nem aconteceu ainda. - ele sorriu e selou meus lábios, repetiu o ato mais duas vezes e eu impaciente roubei-lhe um beijo digno o fazendo rir - Você bebeu? - perguntei enchendo seus lábios de selinho.

- Só experimentei. Tava tão gelada que não resisti. Por que? Tá com o gosto na boca ainda?

- Ta, mas não me importo. - mordi seu lábio e ele riu puxando-me pra outro beijo - Vamos subir? Só ta a gente acordado...

- Subir, é? - riu safado cheirando meu pescoço.

- Você não pensa em outra coisa, não? - bati em sua bunda - Nem se anima, Eduardo vai dormir com a gente, já tá até la na sua cama.

- Meu quarto tem banheiro e nesse banheiro tem uma porta! - piscou enquanto subíamos as escadas de mãos dadas.

- Eu tenho uma cara e nela tem vergonha, e adivinha?

- Você é tímida? - perguntou confuso.

- Não, eu tenho vergonha na cara ao contrário de você! - ri abrindo a porta.

- Cê não pode me deixar na seca assim, mano. - abraçou-me por trás.

- Para com isso que seu filho tá na sua frente dormindo. - falei rindo baixo.

- Vamos tomar banho? - cheirou meu pescoço.

- Não. Você tem um compromisso amanhã e tem que descansar pra ele. Vamos dormir!

DESTINO | Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora