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GABRIEL

Ainda estava abraçado á Eduardo quando ouvi Jéssica o chamar pra irem á piscina do hotel, com certeza uma desculpa pra me deixar a sós com Vitória, era o que eu menos queria naquele momento.

Eu tava irritado demais, decepcionado demais pra ficar sozinho com ela. Ele até negou, mas acabou que ajudei Jéssica e disse que o esperaria voltar, querendo ou não, eu tenho muito o que conversar com essa mulher que me enganou tanto.

— Pronto! Agora estamos sozinhos, e eu quero saber como vai ser. Eu quero todos os meus direitos de pai, até mesmo meu sobrenome no nome dele, e quero logo dizer a verdade pra ele: que o pai que você inventou que ele tinha não morreu, que você sempre o escondeu! — falei sério, com raiva, enquanto lágrimas ainda saíam dos olhos dela.

— Tudo bem, vamos organizar tudo que você quiser, você terá todos os teus direitos de pai. Só pelo amor de Deus, não tira o Eduardo de mim, não pede a guarda dele, pelo amor de Deus! — disse em um choro compulsivo, sua loucura em me esconder um filho, e agora esse choro dela, me fez sentir nada além de pena.

— Eu só desisto da guarda dele se for pra vocês morarem de vez aqui! Quero todo tempo possível com ele. — falei e vi ela abrir a boca pra contestar — É um direito meu, mano. Por sete anos você quem decidiu as coisas, agora quem decide sou eu! Se o problema for casa, ou sei lá o que, deixa que isso fica por minha conta, quero ser presente na vida dele e quero ele perto de mim! Ta decidido e ponto! — levantei-me, pegando a chave do carro, tava com raiva até mesmo de olhá-la — Às sete eu venho aqui. Vamos acabar com essa mentira que você criou. — disse, indo até a porta, mas antes que eu á abrisse ela me chamou.

— Me perdoa! — pediu, quase em uma súplica.

— Se você ao menos imaginasse a raiva que tô de você, você nem dirigiria a palavra á mim! A minha relação com você agora será estritamente em relação ao nosso filho, não suporto pessoas falsas e mentirosas ao meu redor! E você que nem pense em sumir no mundo com o Eduardo! Eu vou atrás de vocês até no inferno!

Não esperei nem mais um segundo pra sair dali. As lágrimas voltaram com força. Quem diria que uma simples visita mudaria tanto minha vida, meus sentimentos, minhas ações... Saí daquele hotel com um filho e odiando quem eu jurava ser o amor da minha vida.

Entrei no meu carro e dei um murro no volante. Ela não tinha o direito de fazer isso comigo, com a minha vida. Ela me privou de uma família, uma família que poderia ser nós três, rodeados de amor. E motivo nenhum que ela julgue ter tido pra me esconder do meu próprio filho vai mudar o meu ponto de vista. Ela fez tudo isso por egoísmo.

Com minha cabeça á um turbilhão dirigi pra casa. Eram tantas as coisas que eu pensava, que se quer saberia dizer á alguém. Estou feliz por saber que tenho o maior amor do mundo, mas também estou triste por não ter começado a viver isso antes, por não ter aberto os meus olhos antes.

...

Cheguei em casa e ia subindo direto pro meu quarto, porém minha mãe me viu e chamou. De início eu não iria, mas ela era a minha mãe, uma hora ou outra teria que saber de tudo. Ela sempre esteve certa em relação as suas desconfianças e eu nunca notei.

Fui até a enorme mesa de madeira onde ela e Dhiovanna estavam, elas viram meu rosto de quem havia chorado e por incrível que pareça não perguntaram nada, minha mãe fez sinal para eu sentar ao lado dela e assim fiz.

DESTINO | Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora