DESTINO | Gabriel Barbosa

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Continuei deitado no quarto dela mexendo no celular, Fabinho me mandou uma mensagem dizendo que iriam a praia, neguei ir com eles, sabia que seria quase impossível ter paz. Fiquei no celular vendo a movimentação. As pessoas torciam por nós, ainda mais pelo fato de meu namoro com ela ter se dado início antes mesmo da fama.

Atualizei meu feed e vários repost's de uma foto dela surgiram, elas estavam empolgadas. A foto de Vitória na praia provavam a desconfiança delas de que ela estava comigo.  Eu daria tudo para estar lá curtindo a brisa do mar e a enchendo de amor. Mas nem tudo que queriamos era possivel, quando tivemos e não soubemos valorizar. Para termos de novo era preciso aprender, e era isso o que eu estava fazendo, aprendendo a ser pra ela o homem que ela precisasse que eu fosse.

...

Sai do quarto de Vitória já quando o sol ia embora, teria que chegar no estádio um pouco mais cedo, e fui logo me arrumar. Quando vestia minha roupa recebi a mensagem de Paola. Dr. Elias estava disposto a vir ao meu encontro depois de amanhã e tentei convencer Paola a vir também.

Ela era uma boa menina, e nas vezes que nos falamos ela sempre falava da saudade que tinha da família. Se eu tinha a oportunidade de lhe proporcionar uma visita á eles, não poderia deixar de o fazer.

...

Saí do meu quarto ainda trocando mensagens com ela, que agora já estava mais convencida a vir. Ouvi um trincar de porta e olhei pra frente dando de cara com Vitória saindo no mesmo instante que eu. Ela estava incrível. De manto preto, salto alto e calça jeans. Seu perfume era embriagante.

— Vamos cantar na rádio? — perguntei fazendo graça.

— Por quê? — riu e só então me olhou dos pés a cabeça. Eu também estava todo de preto com o manto e calça jeans — Tá gatão! — falou sorrindente, e então pude perceber que sua pequena crise de ciúme de horas antes havia passado. Agradeci mentalmente

— Você também tá linda! Vamos? — ela sorriu e me surpreendendo passou seu braço pelo meu. Beijei o topo de sua cabeça e fomos assim até o elevador — Como foi na praia?

— Foi bom.

— Como nossa bonequinha tá? — perguntei quando já estavamos no elevador.

— É um menino! — riu — Mas até que está se comportando. — passou a mão por sua barriga.

— Temos que contar pras pessoas.

— É.

— A gente tira uma foto mais tarde. Sabe do Fabinho e da Jéssica?

— Já tão no saguão.

Assenti e ficamos em silêncio. O elevador se abriu e entrou um casal de idosos de mãos dadas. Percebi Vitória sorrir os observando.

Chegamos no saguão e já pudemos ouvir o histeria. Vitória se afastou e foi pra perto da amiga, um dos seguranças os levaria para a vã por outra entrada e eu fui acenar rapidamente para as meninas e mandei beijo sinalizando que estava atrasado.

Na vã, por costume sentei ao lado dela. Meu celular vibrou várias vezes no bolso, Vitória percebeu e me olhou curiosa. Com certeza era Paola já que á deixei falando sozinha, mas não peguei meu celular, não queria causar mais ciúmes ainda na Vitória, ainda mais agora que ela estava de bom humor.

VITÓRIA
...

O jogo já havia terminado e por um milagre divino Gabriel quis ir num show do Turma do Pagode que rolava ali perto. Optei por ficar no camarim, estava com um pouco de frio. Fabinho foi fazer seu serviço e Jé me acompanhou, apesar de insistir para que fôssemos para a lateral do palco junto com os meninos.